Carcinoma de paratiroide e fome óssea
AUTOR(ES)
Ohe, Monique Nakayama, Santos, Rodrigo Oliveira, Hojaij, Flavio, Neves, Murilo Catafesta, Kunii, Ilda Sizue, Orlandi, Denise, Valle, Luisa, Martins, Carla, Janovsky, Carolina, Ferreira, Rimarcs, Delcelo, Roseane, Domingos, Ana Maria, Abrahão, Marcio, Cervantes, Onivaldo, Lazaretti-Castro, Marise, Vieira, Jose Gilberto Henriques
FONTE
Arq Bras Endocrinol Metab
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-02
RESUMO
O presente artigo descreve o relato de dois pacientes com carcinoma de paratiroide que apresentavam valores intensamente elevados de cálcio sérico e de PTH, associado a doença óssea e presença de nódulo cervical palpável ao diagnóstico. Ambos foram submetidos à paratiroidectomia, sendo que um evoluiu com metástases pulmonares. Hipocalcemia importante foi observada após a paratiroidectomia em um paciente e somente após remoção cirúrgica das metástases pulmonares em outro. Ambos necessitaram de reposição endovenosa de cálcio, revelando, assim, o estado de fome óssea (FO). A presença da FO usualmente reflete rápida mineralização óssea após correção do hiperparatiroidismo; assim, quanto mais severa a doença óssea previa à cirurgia, maior será a FO observada no pós-operatório desses pacientes. Embora inicialmente considerada um evento indesejável, a FO representa a bem-sucedida remoção cirúrgica do tecido paratiroideano hipersecretor. Fome óssea deve ser esperada no pós-operatório do tratamento cirúrgico bem-sucedido do carcinoma de paratiroide.