Carcinomas mamários de tipo basal: estudo clínicopatológico e imunofenotípico em mulheres brasileiras.
AUTOR(ES)
Marina de Brot Andrade
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Carcinomas mamários de tipo basal representam uma classe de tumores recentemente reconhecida, que apresentam perfis gênico e protéico semelhantes aos das células basais/mioepiteliais da mama normal, estando associados a pior prognóstico e comportamento biológico agressivo. Objetivo: Investigar a freqüência de carcinomas mamários de fenótipo basal em uma série de tumores triplo-negativos (TTN), definidos pela negatividade para receptores de estrógeno (RE), de progesterona (RP), e HER2. Métodos: Selecionamos 140 TTN, obtendo-se características clínico-patológicas e sobrevida. Microarranjo de tecido (2 cilindros de cada tumor) foi construído e submetido à imunoistoquímica para RE, RP, HER2, citoqueratinas (CK) 5 e 14, EGFR, p63, caveolina e p53. Consideramos carcinomas de fenótipo basal os tumores negativos para RE, RP e HER2, e positivos para CK5. Resultados: Encontramos 105 carcinomas de fenótipo basal entre 140 TTN (freqüência=75,0%). A idade média das pacientes foi de 54,8 anos, sendo que 34,3% estavam na pré-menopausa. A maioria dos tumores foi classificada como carcinoma ductal invasor de alto grau. Os TTN exibiram positividade para CK5 (75,0%), CK14 (29,0%), EGFR (36,4%), p63 (28,6%), caveolina (14,3%) e p53 (67,1%). Estadiamento avançado da doença foi observado em 52 pacientes (50,0%), com diâmetro tumoral maior que 5cm em 41 casos (39,0%) e metástases axilares em 61 casos (59,2%). Seguimento clínico foi obtido em 89 pacientes (média=51 meses). Destas, 45 pacientes (50,5%) evoluíram sem doença; 6 (6,7%) estavam vivas com doença; e 38 (42,6%) morreram pelo câncer. Recidiva sistêmica ocorreu em 42 pacientes (47,1%), sendo pulmões, cérebro e ossos os principais sítios de metástases. As médias das sobrevidas global e livre de doença foram de 36 e 28 meses, respectivamente. Identificouse pior sobrevida global nas pacientes com tumores basais, em comparação àquelas com tumores não basais, com risco de morte 2,4 vezes maior nas primeiras. Esta diferença, entretanto, não foi estatisticamente significativa (p=0,06). Conclusões: Nosso estudo confirma comportamento clínico agressivo e elevada freqüência dos carcinomas de fenótipo basal entre os TTN, semelhante ao descrito em casuísticas estrangeiras.
ASSUNTO(S)
oncologia teses. dissertações acadêmicas decs recidiva decs fenótipo decs mioepitelioma decs neoplasias da mama decs ginecologia teses. carcinoma/patologia decs membrana basal decs neoplasias da mama/epidemiologia decs dissertação da faculdade de medicina da ufmg.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7S9GGCDocumentos Relacionados
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