CefalÃia do tipo tensional crÃnica:tratamento alternativo com neuro estimulaÃÃo elÃtrica transcutÃnea

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

IntroduÃÃo: A cefalÃia do tipo tensional crÃnica à uma dor cefÃlica presente 􀁴 15 dias/mÃs (180 dias/ano) por 􀁴 seis meses, apresentando epidemiologia, fisiopatogenia, tratamento e aspectos clÃnicos pouco estudados. A neuro estimulaÃÃo elÃtrica transcutÃnea (TENS) procedimento fisioterÃpico preconizado no tratamento da dor por emissÃo de estÃmulos elÃtricos com corrente de baixa freqÃÃncia e intensidade foi utilizada como tratamento alternativo. Objetivo: Estudar a eficÃcia da TENS como tratamento alternativo da cefalÃia do tipo tensional crÃnica. Metodologia: Foram selecionados 32 pacientes que preenchiam os critÃrios diagnÃstico para cefalÃia do tipo tensional crÃnica emitidos pela Sociedade Internacional de CefalÃia. Os pacientes compareciam para a primeira consulta trazendo o diÃrio que havia preenchido, por 30 dias, quando eram computados o nÃmero de dias com dor e quantificaÃÃo da dor durante aquele mÃs de observaÃÃo. A quantificaÃÃo da dor era representada por um nÃmero obtido da soma das parcelas: (N􀁱 dias com dor muito forte x quatro) + (N􀁱 dias com dor forte x trÃs) + (N􀁱 dias com dores moderada x dois) + (N􀁱 dias com dor fraca x um). Dez pacientes nÃo retornaram com os diÃrios devidamente preenchidos apÃs a consulta inicial, dois assinaram o termo de livre consentimento para o inÃcio do tratamento mas nÃo voltaram, quatro comeÃaram as aplicaÃÃes da TENS e deles dois abandonaram, uma jovem mulher estava grÃvida e foi excluÃda e uma Ãltima foi afastada por perda da credibilidade, pois queria compensaÃÃo financeira. Apenas 14 pacientes, trÃs do gÃnero masculino e 11 do feminino com idade variÃvel entre 20 e 81 anos concluÃram o estudo. Quanto as idades de inÃcio, quatro (28,57%) tinham queixas iniciando antes dos dez anos, um (7,14%) entre os 11 e 20 anos, cinco (35,71%) entre os 21-30 anos e quatro(28,57%) entre 41-50 anos. Os tempos de doenÃa variaram entre pouco mais de seis meses e 42 anos. As dores eram predominantemente holocranianas, em 12 deles, sendo que em trÃs podiam ser, tambÃm, unilateral e em dois eram occiptonucal bilateral. A dor tinha carÃter de aperto/ pressÃo nos 14, porÃm trÃs referiam, tambÃm dor em ardÃncia. Seis pacientes relatavam piora na intensidade da cefalÃia em seqÃÃncia à problemÃtica emocional. Fono ou fotofobia ocasionais eram relatadas por um enquanto que trÃs outros, tambÃm de maneira esporÃdica, apresentavam nÃuseas sem vÃmitos, os sintomas acima reportados manifestando-se apenas quando a dor assumia maior intensidade. InsÃnia e distÃrbio do humor e da ansiedade, isolados ou associados eram mencionados por dez dos pacientes. Duas das estudadas tinham, concomitantemente, crises de migrÃnea sem aura, um caso e migrÃnea crÃnica, um outro. Os examinados eram revistos hà intervalos de 15 dias e ao fim de 30 dias tiveram computados os dias com dor e os escores da dor os quais foram comparados com os nÃmeros obtidos quando da avaliaÃÃo apÃs os 30 dias iniciais de observaÃÃo. Resultados:Ao fim dos 30 dias, isto Ã, apÃs as 12 sessÃes estabelecidas como meta, apenas trÃs obtiveram resultados, satisfatÃrios em dois (melhora de 83,64% no nÃmero de dias com dor e em igual percentual no escore da dor; reduÃÃo de 70% dos dias com dor e de 77,56% no escore da dor) e pouco significativo (reduÃÃo de 41,18% nos dias com dor e de 43,34% no escore da dor) em um outro. ConclusÃo: Conclui-se que a neuro estimulaÃÃo elÃtrica trancutÃnea se mostrou de pouca valia como tratamento alternativo da cefalÃia do tipo tensional crÃnica

ASSUNTO(S)

cefalÃia neuro estimulaÃÃo elÃtrica transcutÃnea chronic tension-type headache transcutaneous electrical nerve stimulation neurologia headache cefalÃia - tensional crica

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