CHOQUE HEMORRÁGICO EXPERIMENTAL EM CÃES ANESTESIADOS COM ISOFLUORANO, TRATADOS COM SOLUÇÃO HIPERTÔNICA E COLÓIDE ASSOCIADA A DIFERENTES VASOPRESSORES / EXPERIMENTAL HEMORRHAGIC SHOCK IN DOGS ANESTHETIZED WITH ISOFLURANE, TREATED WITH HYPERTONIC SOLUTION AND COLLOID ASSOCIATED WITH DIFFERENT VASOPRESSORS

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Objetivou-se comparar os efeitos hemodinâmicos e metabólicos do tratamento com solução hipertônica e colóide (expansores) associada a diferentes vasopressores em cães submetidos a choque hemorrágico experimental. Foram utilizados 24 cães adultos, SRD, peso médio de 10,84+3,3kg, de ambos os sexos, hígidos. Os animais foram induzidos a anestesia geral por meio da vaporização de isofluorano, intubados e conectados a um sistema com reinalação parcial de gases, e anestesia geral inalatória com isofluorano em vaporizador calibrado, sendo após, mantidos em 1CAM (concentração alveolar mínima). Induziu-se a hipovolemia, por meio da retirada de 5mL kg-1 min-1 de sangue da artéria femoral, até que a pressão arterial média atingisse valores entre 45 e 50mmHg. Após 60 minutos mensurou-se os parâmetros basais e deu-se início aos tratamentos. Neste momento realizava-se o tratamento com os expansores (4ml kg-1). Após 10 minutos os animais foram alocados aleatoriamente em quatro grupos, conforme a infusão contínua que receberiam. No GD (grupo dopamina, n=06), a infusão contínua de dopamina (10μg kg-1 min-1). Os animais do GDB (grupo dobutamina, n=06), infusão contínua de dobutamina (5μg kg-1 min-1) e o GV (grupo vasopressina, n=6), vasopressina (0,02UI-1min-1) em infusão continua ambos em diluição com NaCl 0,9%. O GC (n=6), grupo controle, contou apenas com o tratamento dos expansores. Os animais foram monitorados quanto a freqüência cardíaca, freqüência respiratória, temperatura retal, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, pressão arterial média, pressão venosa central, concentração expirada de isofluorano, concentração expirada de dióxido de carbono, fração inspirada de oxigênio e, hemogasometria do sangue arterial, obtendo-se valores de PO2, PCO2, Bicarbonato, pH, Na+, K+, déficit de base, hemoglobina e hematócrito. Foram coletadas ainda amostras de sangue para avaliação de lactato sérico, tempo de tromboplastina, tempo de protrombina, plaquetas e hemograma completo. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância, sendo que as médias entre grupos foram analisadas pelo Teste t e entre os tempos dentro do mesmo grupo pelo Teste de Tukey, sendo as diferenças consideradas estatisticamente significativas quando P0,05. Não ocorreram diferenças entre os tempos dentro de cada grupo quanto as variáveis de FC para GV e GC, PaO2, K+, VCM, CHCM, leucócitos totais (exceção de GC), bastonetes segmentados, monócitos, TP e TTPA. Ente grupos, as diferenças fixaram-se basicamente em FC (sendo que o GV e o GC, alterou com menor proporção), PAM (GV com pressão mais alta), PaO2 (GV menor), K+ (apenas um tempo com GV maior) e Plaquetas, tendo o GC o menor valor médio desta. Conclui-se que o modelo experimental, avaliado é eficiente para indução de choque hemorrágico em cães e requer uma expoliação de sangue de 42,75+9,2% do volume sanguíneo circulante; a expansão da volemia com a associação de hipertônica e colóide (4ml kg-1) associada ou não à dopamina (10μg kg-1 min-1), dobutamina (5μg kg-1 min-1) ou vasopressina (0,02UI-1min-1) é eficaz na restauração hemodinâmica e estabilização metabólica; e o grupo vasopressina (GV), embora não estatisticamente significativo, demonstra clinicamente ser mais eficaz na restauração dos padrões hemodinâmicos e metabólicos de cães induzidos a choque hemorrágico experimental.

ASSUNTO(S)

hemorragia síndrome choque caninos vasopressores medicina veterinaria canines shock syndrome hemorrhage vasopressors

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