CINEMA COMO ARTE OU ENTRETENIMENTO: UMA VISÃO DE SEUS REALIZADORES E A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE SUAS PRODUTORAS.
AUTOR(ES)
Toldo, Giordano Schmitz, Lopes, Fernando Dias
FONTE
REAd. Rev. eletrôn. adm. (Porto Alegre)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-08
RESUMO
RESUMO Esse trabalho abrange uma visão crítica sobre cinema como peça artística ou mercadológica estabelecendo uma relação com as características estruturais das produtoras. A pesquisa objetiva entender as formas como as empresas de cinema do Rio Grande do Sul se estruturam procurando uma correspondência com o tipo de cinema produzido. Para caracterizar as estruturas organizacionais foram utilizadas as definições de Richard Hall e Henry Mintzberg, sobre tipos de estruturas. O arcabouço teórico para compreender a visão dos realizadores sobre cinema foi construído com base em autores como Ricciotto Canudo, Jaques Aumont, Jean-Claude Bernadet, entre outros. As empresas estudadas foram: Avante Filmes, Gus Gus Cinema, Millimetros, Otto Desenhos, Tokyo Filmes, Panda Filmes, Prana Filmes, TGD. A partir de entrevistas realizadas com as produtoras, dois conceitos de Mintzberg (1994) foram determinantes para as definições de estrutura: a Adhocracia e a Burocracia Profissional. Como resultado, percebeu-se que as empresas Avante Filmes, Gus Gus Cinema, Millimetros, Tokyo Filmes e Prana Filmes se encaixaram na categoria adhocrática e foram elas que apresentaram uma inclinação para o cinema de arte, reflexivo e de maior preocupação estética. Na Burocracia Profissional, há as produtoras Otto Desenhos, Panda Filmes e TGD, cujas produções cinematográficas se relacionam com questões primordialmente mercadológicas. O reconhecimento das diferenças estruturais e ideológicas permite que se avance nas políticas de desenvolvimento do cinema no estado e no país. Desenvolvimento ainda enraizado em políticas públicas de incentivo, fomento e apoio que procura ser democrático na distribuição de seus prêmios. Novas medidas governamentais de apoio ao audiovisual já correlacionam a distribuição do incentivo conforme a visão sobre cinema dos realizadores. Questões estruturais também servem de critérios para a criação dos incentivos. Conhecendo as produtoras na maneira como elas se estruturam e como elas idealizam suas produções, torna-se mais do que uma questão acadêmica, alcança os ramos da economia e da política.
ASSUNTO(S)
cinema arte entretenimento estrutura organizacional incentivos públicos
Documentos Relacionados
- A VOZ DO ENTRETENIMENTO: A participação do locutor/entretenedor como diferencial
- AS VIVÊNCIAS DOS TRABALHADORES DE UMA ORGANIZAÇÃO DE ENTRETENIMENTO: UMA ABORDAGEM PSICOSSOCIOLÓGICA E PSICODINÂMICA
- O Cinema Escolar como Berço do Entretenimento
- Fazendo arte e cinema (ou “quasi-cinema”) com Hélio Oiticica.
- Persuasão e entretenimento: a publicidade-entretenimento se configura como estratégia comunicativa que resgata a retórica aristotélica