Coesão em solidos bidimensionais

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1985

RESUMO

A coesão de um cristal tem origem na interação eletrostática entre os átomos de que o cristal é composto. No caso dos cristais de gases nobres (Ne, Ar, Kr e Xe) essa interação é praticamente a mesma que a interação entre átomos isolados. O potencial, Lennard-Jones (6 - 12) é utilizado como ponto de partida para o cálculo da energia de coesão. Para esses cristais de gases nobres, Bernardes3 utilizou o método variacional para determinar suas energia de coesão, assim como a equação de estado a 0 K. A função de onda é construída através da superposição das funções de onda do estado fundamental e a do primeiro estado excitado de átomos individuais confinados em uma "caixa" esférica. Os parâmetros variacionais são: o raio da "caixa" a e a amplitude do primeiro estado excitado b. Utilizamos as mesmas idéias para estudar as monocamadas de gases nobres (Ne, Ar, Kr e Xe). As constantes de energia potencial foram calculadas para uma rede triangular, pois estamos supondo que os átomos de gases nobres se disponham na superfície dos substratos, formando triângulos equiláteros onde eles ocupam os vértices. Calculando a energia de coesão para as monocamadas usando o potencial de Lennard-Jones (6 - 12), notamos que apesar da simplicidade do modelo, os resultados são satisfatórios. No caso das monocamadas formadas por átomos de xenônio (Xe) obtivemos teoricamente um valor de 1,4 Kcal/mol para a energia de coesão, comparável portanto com o valor experimental 1,1 Kcal/mol11. Também variamos os parâmetros s e e (a principio utilizamos os mesmos da fase gasosa) do potencial de Lennard-Jones, assim como as potências m e n das partes repulsivas e atrativas respectivamente. O melhor resultado encontrado ocorreu quando tomamos o potencial de Lennard-Jones (7 - 12) mantendo os parâmetros s e e da fase gasosa. Nesse caso os valores teórico e experimental da energia de coesão são idênticos

ASSUNTO(S)

solidos coesão

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