Comer, alimentar e nutrir: categorias analíticas instrumentais no campo da pesquisa científica

AUTOR(ES)
FONTE

Ciência & Saúde Coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-01

RESUMO

Comer, alimentar ou nutrir circulam na nossa cultura, aproximadamente, como sinônimos e desse modo não dão conta das transformações que vêm ocorrendo na alimentação, que desejadas ou indesejadas contam com um hibridismo de padrões que representa uma mudança tanto de regras como de preferências alimentares. O objetivo do artigo é tornar essas concepções de senso comum categorias de análise e interpretação para pesquisas das Ciências Humanas e da Saúde, numa perspectiva teórica, através da conceituação. Neste espaço interdisciplinar da Nutrição e das Ciências Sociais, o alimento aparece associado a uma função natural (biológica), numa concepção em que natureza se contrapõe à cultura, e a comida assume sentidos e significados culturais (simbólicos). A alimentação expressa divisão do trabalho, da riqueza, é criação histórico-cultural através da qual se pode estudar uma sociedade. Atribui-se à Nutrição um sentido de ação racional, oriundo da constituição dessa ciência na modernidade, inserida num processo histórico de racionalização científica do comer e do alimentar-se. Consideramos que através da conceituação na prática interdisciplinar de pesquisa, que envolve um espaço compartilhado de saberes, podemos ser menos limitados por um modelo teórico uniformizado de saber e mais livres para pensar questões sobre a vida.

ASSUNTO(S)

epistemologia campo científico cultura alimentação nutrição

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