Comparação de custo-efetividade entre a esclerectomia profunda não penetrante e a terapia clínica máxima tolerada para o glaucoma no Sistema Único de Saúde (SUS)
AUTOR(ES)
Guedes, Ricardo Augusto Paletta, Guedes, Vanessa Maria Paletta, Chaoubah, Alfredo
FONTE
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-02
RESUMO
OBJETIVO: A esclerectomia profunda não penetrante (EPNP) é uma opção viável para o tratamento cirúrgico do glaucoma de ângulo aberto. O objetivo deste estudo é avaliar a relação custo-efetividade da EPNP e compará-la com terapia clínica máxima (TCM) em um acompanhamento de 5 anos. MÉTODOS: Um modelo de análise de decisão foi proposto comparando-se o tratamento cirúrgico (EPNP) versus a TCM. A avaliação da EPNP foi observacional retrospectiva de uma série consecutiva de casos e da TCM foi hipotética. A TCM foi considerada como o uso de três drogas (associação de uma combinação fixa de timolol/dorzolamida [CFTD] e um análogo de prostaglandina [bimatoprosta, latanoprosta ou travoprosta]). A relação custo-efetividade foi definida com o custo direto (em dólares) para cada porcentual de redução da pressão intraocular (PIO). A razão de custo-efetividade incremental (ICER) foi calculada. O seguimento foi de 5 anos e a perspectiva dos custos é do Sistema Único de Saúde (SUS). RESULTADOS: O custo direto para cada porcentual de redução da PIO ao final de 5 anos (relação custo-efetividade) foi de US$ 10,19 para a EPNP; US$ 37,45 para a CFTD + bimatoprosta; US$ 39,33 para CFTD + travoprosta; e US$ 41,42 para CFTD + latanoprosta. A EPNP apresentou uma melhor relação custo-efetividade, quando comparada com a TCM. O índice ICER foi negativo, portanto a EPNP foi a opção terapêutica dominante. CONCLUSÃO: A EPNP foi menos custosa e mais efetiva que a TCM. Do ponto de vista do SUS, ela foi a opção mais custo-efetiva, quando comparada com a TCM.
ASSUNTO(S)
glaucoma cirurgia filtrante custos de cuidados de saúde análise de custo-efetividade
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