Comparação do exame clínico e da avaliação ultra-sonográfica qualitativa (palpação pelo Ultra-som) com a medida do fígado e do baço no diagnóstico da Esquistossomose Mansônica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A melhor maneira de estimar o tamanho dos órgãos abdominais permanece indefinida. Neste trabalho, comparou-se a avaliação do fígado e do baço na esquistossomose hepatoesplênica utilizando o exame clínico e a medida pelo ultra-som. Comparou-se também o tamanho dos órgãos medidos pelo ultra-som com sua visibilização abaixo do rebordo costal (palpável pelo ultra-som). Para este estudo, foram selecionados 411 pacientes de uma área endêmica para esquistossomose mansônica no Brasil e 29 (7%) foram excluídos da análise. Observou-se que nos casos em que baço e lobo esquerdo do fígado são palpáveis, suas medidas ao ultra-som são, em média, maiores que as dos não palpáveis. Além disso, 23% dos baços normais quando medidos pelo ultra-som foram palpáveis ao exame físico e 23% dos baços aumentados na medida pelo ultra-som não foram palpáveis. Entre os baços com medida normal, 21% foram palpáveis pelo ultra-som. Observou-se ainda que em 54% dos casos com o lobo direito do fígado de medidas normais ao ultra-som, o órgão foi palpável pelo exame clínico. No entanto, em 55% dos casos em que o lobo direito encontrava-se aumentado quando medido pelo ultrasom, este não foi palpável. Em 76% dos casos que apresentaram lobo direito normal ao ultrasom, este foi palpável pelo ultra-som. Estes dados demonstram que o exame clínico associado à ultra-sonografia fornece aos investigadores os instrumentos necessários para a realização de um diagnóstico mais preciso da hepatoesplenomegalia na esquistossomose.

ASSUNTO(S)

palpação decs fígado/ultrasonografia decs esquistossomose mansoni/diagnóstico decs exame físico decs hepatomegalia/ultrasonografia decs esquistossomose mansônica teses esplenomegalia/ultrasonografia decs baço/ultrasonografia decs esquistossomose mansoni/classificação decs

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