Complexo agroindustrial, grupos de interesses e politicas publicas : o caso do trigo no Brasil

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1994

RESUMO

Esta tese procura demonstrar que apesar de ter sido definida por um instrumento de força, em plena vigência de um regime autoritário, a política tritícola desencadeada pela promulgação do Decreto-Lei 210, de 1967, não pode ser caracterizada como uma imposição unilateral do Estado, mas, sim, como resultado de um intercâmbio que pretendeu conciliar interesses públicos e de grupos privados. Evidenciou-se ainda que a política tritícola definida por aquele decreto-lei resultou de um processo que se iniciou na década de quarenta, caracterizado também por arranjos em que se procurou atender interesses dos segmentos envolvidos no CAI-Trigo e do próprio Estado. O referencial teórico utilizado foi o da abordagem neocorporatista em seu nível intermediário (mesocorporatista), que identifica a elaboração e a implementação de políticas públicas setoriais (ou por complexo) em economias capitalistas modernas como sendo resultado da interação entre instituições públicas e organizações representativas de interesses privados. Resulta daí "acordos"em que essas organizações privadas desempenham importantes funções na implementação das políticas definidas, indo além, portanto, da representação e intermediação de interesses. Esta análise evidenciou a existência de acordos mesocorporatistas no arranjo que definiu as políticas para o Complexo Agroindustrial Tritícola nacional a partir do momento em que o Estado intensificou a sua atuação intervencionista

ASSUNTO(S)

politicas publicas trigo agricultura e estado agroindustria - aspectos economicos

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