Comportamento, em camundongos, do Schistosoma mansoni oriundo de moluscos tratados com hidrocortisona

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Diversos autores vêm sugerindo que a patogenicidade dos esquistossomos sena influenciada pelo grau de suscetibilidade dos hospedeiros intermediários. Tendo anteriormente observado o aumento na suscetibilidade de moluscos provocado pela hidrocortisona, resolvemos verificar agora o comportamento do Schistosoma mansoni no hospedeiro definitivo e a patogenicidade por eles causada quando oriundos de tais moluscos. O tratamento dos moluscos com hidrocortisona não alterou a capacidade de penetração das cercárias em roedores Mus musculus nem o número total de vermes recuperados. No entanto, o número de vermes remeos, o número total de vermes acasalados, assim como o número de ovos nas fezes, apresentaram-se maiores nos camundongos submetidos à infecção por cercárias oriundas de moluscos tratados com hidrocortisona. Os roedores infectados por cercárias de moluscos tratados com hidrocortisona mostraram maior quantidade de granulomas no fígado, no baço e no intestino que os infectados por cercárias oriundas de moluscos não tratados. No pâncreas essa diferença foi fraca e nos pulmões a quantidade foi semelhante em ambos os grupos. O tamanho dos granulomas encontrados no baço, no pulmão e no intestino foi semelhante nos camundongos de ambos os grupos, enquanto que os granulomas do fígado e do pâncreas dos animais infectados por cercárias vindas de moluscos tratados com hidrocortisona apresentaram menor tamanho. O peso do baço foi menor quando os animais foram infectados por cercárias oriundas de moluscos tratados com hidrocortisona. Não houve diferença na sobrevivência dos roedores nem na variação de peso corporal

ASSUNTO(S)

schistosoma mansoni biomphalaria glabrata hidrocortisona

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