Composição florística e estrutura de trecho de Floresta Ombrófila Densa Atlântica aluvial na Reserva Biológica de Poço das Antas, Silva Jardim, Rio de Janeiro, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rodriguésia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-09

RESUMO

Resumo Os remanescentes de Floresta Ombrófila Densa submontana aluvial Atlântica, fortemente submetidos à fragmentação no RJ, carecem de estudos florísticos e estruturais. Inventariou-se 1 ha de floresta aluvial empregando parcelas, adotando como critério de inclusão DAP ≥ 5 cm e, através de relações alométricas, estabeleceu-se como dossel os limites de DAPs e alturas superiores a 10 cm e 10 m, respectivamente. Foram amostrados 486 indivíduos, de 97 espécies e 31 famílias. O índice de diversidade de Shannon (H´) foi de 3,98 nats/ind e o de eqüabilidade (J) de 0,87, valores inferiores aqueles encontrados para trechos conservados de Floresta Ombrófila Densa submontana ou montana no estado. Dentre as famílias com maiores riquezas, reunindo 73% das espécies, destacam-se: Fabaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae, Moraceae, Myrtaceae, Annonaceae, Bignoniaceae, Melastomataceae, Clusiaceae, Meliaceae e Sapotaceae. Destacam-se como espécies com maiores VIs: Eriotheca pentaphylla, Symphonia globulifera, Tabebuia umbellata, Xylopia brasiliensis, Calophyllum brasiliense, Euterpe edulis, Tabebuia cassinoides, Platymiscium floribundum e Guarea kunthiana. Caracterizam-se como espécies indicadoras para o trecho analisado de Floresta Ombrófila Densa submontana aluvial: Eriotheca pentaphylla, Calophyllum brasiliense e Eugenia expansa. Apesar do grau de interferência antrópica, os resultados indicam elevadas riqueza e diversidade para a Floresta Ombrófila Densa submontana aluvial, de várzea ou paludosa, decorrentes da distribuição espacial heterogênea, resultante dos diferentes tipos de habitats estabelecidos, numa área de transição ecológica temporal.

ASSUNTO(S)

mata atlântica florística estrutura de comunidade dossel floresta de baixada mata aluvial

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