COMPOSIÇÃO QUÍMICA E AVALIAÇÃO DE PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DA CASTANHA DE CAJU (ANACARDIUM OCCIDENTALE L.) PARA APLICAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA / EVALUATION OF CHEMICAL AND BIOLOGICAL PROPERTIES OF CASHEW (Anacardium occidentale L.) FOR USE IN PUBLIC HEALTH
AUTOR(ES)
Micheline Soares Costa Oliveira
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
14/12/2010
RESUMO
O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é considerado uma cultura de valor econômico e social para a região Nordeste do Brasil. A cultura do caju tem aumentado nas últimas décadas devido à biotecnologia de clonagem, que melhorou a qualidade do cajueiro, fortalecendo suas características para o plantio em regiões do semi-árido nordestino. A castanha de caju contém lipídios, proteínas, fenóis e fitoesteróis em uma menor proporção. O líquido da casca da castanha de caju (LCC) é uma mistura de metaalquilfenóis, tendo como principais constituintes: o ácido anacárdico, cardol e cardanol. Este trabalho teve como objetivos: avaliar o potencial biológico dos constituintes do LCC como larvicidas contra Aedes aegpti, o principal vetor da dengue e elucidar o mecanismo de ação da inibição da enzima acetilcolinesterase, através da avaliação da toxicidade dos constituintes do LCC contra Artemia salina. Neste trabalho foram utilizadas castanhas de clones CP 06 e 76, BRS 226, 189, 274 e 275, provenientes da Embrapa Agroindústria Tropical. Esses clones foram analisados em relação ao teor de lipídios, ácidos graxos, fitoesteróis, proteínas, compostos fenólicos e atividade antioxidante. O LCC foi extraído com hexano em soxhlet. Todos os constituintes do LCC mostraram atividades antioxidante e larvicida, e ainda ação inibitória contra a enzima acetilcolinestarase. O Cardanol apresentou menor toxicidade e maior atividade larvicida e pode ser selecionado como um agente promissor contra o Aedes aegypti para o uso no controle da Dengue. Os lipídios totais e o teor de proteína variaram entre os clones, 52,8 - 63,4% e 25,01 - 17,57 %, respectivamente. Todos os clones apresentaram diferenças significativas em fitoesteróis, fenóis totais e atividade antioxidante. A atividade anti-radical livre variou de CI50 = 0,43μg/mL e CI50 = 10,92 mg / mL para os clones CP76 e BRS 224. O potencial antioxidante está diretamente relacionada ao teor de compostos fenólicos. O clone CP 76 mostrou melhores resultados antioxidante e maior teor de compostos fenólicos, já o clone BRS 274 apresentou maior teor de fitoesteróis e o BRS275 apresentou maior teor de proteínas. A Clonagem causou mudanças nos metabólitos secundários e primários de clones de castanha de caju. Portanto, o consumo de uma mistura de castanha de caju a partir destes três clones é indicado devido às suas propriedades nutricionais e nutracêuticas.
ASSUNTO(S)
castanha de caju clones lcc antioxidante larvicida bioquimica cashew-nut cnsl clones antioxidant larvicidal
ACESSO AO ARTIGO
http://www.uece.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1073Documentos Relacionados
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