Contribuicao da curva de fluxo-volume na deteccao de obstrucao da via aerea central
AUTOR(ES)
Raposo, Liliana Barbara Perestrelo de Andrade e, Bugalho, Antonio, Gomes, Maria Joao Marques
FONTE
J. bras. pneumol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-06
RESUMO
OBJETIVO: Verificar a sensibilidade e especificidade das curvas de fluxo-volume na detecção de obstrução da via aérea central (OVAC), e se os critérios qualitativos e quantitativos da curva se relacionam com a localização, o tipo e o grau de obstrução. MÉTODOS: Durante quatro meses foram selecionados, consecutivamente, indivíduos com indicação para broncoscopia. Todos efetuaram avaliação clínica, preenchimento de escala de dispneia, curva de fluxo-volume e broncoscopia num intervalo de uma semana. Quatro revisores classificaram a morfologia da curva sem conhecimento dos dados quantitativos, clínicos e broncoscopicos. Um quinto revisor averiguou os critérios morfológicos e quantitativos. RESULTADOS: Foram incluídos 82 doentes, 36 (44%) com OVAC. A sensibilidade e especificidade da curva de fluxo-volume na detecção de OVAC foram, respectivamente, de 88,9% e 91,3% (critérios quantitativos) e de 30,6% e 93,5% (critérios qualitativos). Os critérios quantitativos mais frequentes na amostra foram o FEF50%/FIF50% ≥ 1 em 83% e o VEF1/PFE ≥ 8 mL . L–1 . min–1 em 36% dos doentes, e ambos se relacionaram com o tipo, a localização e o grau de obstrução (p < 0,05). Houve concordância dos revisores quanto à existência ou não de OVAC. Existe relação entre o grau de obstrução e o de dispneia. CONCLUSÕES: Os critérios quantitativos devem ser sempre calculados nas curvas de fluxo-volume de forma a detectar OVAC, dado a baixa sensibilidade dos critérios qualitativos. Os critérios FEF50%/FIF50% ≥ 1 e VEF1/PFE ≥ 8 mL . L–1 . min–1 foram relacionados com a localização, o tipo e o grau de obstrução.
ASSUNTO(S)
broncoscopia curvas de fluxo-volume expiratorio maximo sensibilidade e especificidade neoplasias pulmonares
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