Cosmos e Polis : fundamentos filosoficos do pensamento ecologico

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1998

RESUMO

Experienciamos hoje uma crise que repõe certas questões que fundam e fundamentam o percurso de uma época. Uma das leituras possíveis dessa crise é considerá-Ia como um processo de desertificação, tanto no sentido físico quanto anímico. O deserto contemporâneo é analisado como o resultado de uma dinâmica na qual o homem entende sua humanidade na razão direta de sua capacidade de dominar a natureza e outros homens. Trata-se de uma tiranização do real que se pauta pela redução de todos os seres, inclusive o próprio homem, à condição de objetos cujo único valor consiste no lucro que podem produzir. São abordadas algumas tendências do pensamento ecológico que procuram questionar a dinâmica vigente, suas características de instrumentalidade, reificação e controle. Tais questionamentos evidenciam a necessidade de repensar a identidade do ser humano e seu lugar no universo, bem como uma readequação da poUs - no sentido mais amplo do espaço da convivência humana - com o cosmos. Procura-se interpretar o encontro entre os valores da ecologia radical e a cultura popular, tal como se configurou numa experiência concreta na região sertaneja do Rio São Francisco, considerada como um modo original de estabelecer elos entre o político, o educativo e o ecológico. Finalmente, busca-se por em diálogo diferentes experiências do pensamento: a mítica, a mística e a filosofia, que vivificam um modo de ser criativo, e propiciam condições para restaurar a morada

ASSUNTO(S)

civilização educação - filosofia cultura popular

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