DEFININDO UM OPERADOR-MONSTRO

AUTOR(ES)
FONTE

Alfa, rev. linguíst. (São José Rio Preto)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-08

RESUMO

O presente artigo revê a literatura relacionada a um tipo particular de operador, supostamente presente em línguas naturais, chamado de “operador-monstro”. Esse operador tem a característica de poder mudar o contexto de avaliação de itens indexicais sob seu escopo. Sua existência foi inicialmente negada por Kaplan (1989), em seu famoso texto sobre a semântica dos itens indexicais, e, posteriormente, autores como Schlenker (2003) e Anand (2006) argumentaram que tais operadores de fato existem em línguas naturais, com base tanto em dados de línguas indo-europeias quanto de outras famílias linguísticas. Contudo, analisando com cuidado a literatura, é possível notar, nos vários autores que se debruçaram sobre o tema, diferentes definições desse operador. Neste artigo, após apresentar o conceito de operador-monstro conforme postulado por Kaplan (1989) e defender sua existência com base em dados do português brasileiro (PB), argumentamos a favor de uma definição para esse operador que seja ampla, nas linhas daquela primeiramente proposta por Kaplan (1989). Os dados do PB serão crucias para defender nossa posição.

ASSUNTO(S)

semântica indexicais operadores-monstros mudança de contexto

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