Densidade e tamanho dos estágios larvais do molusco invasor mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) em dois rios neotropicais
AUTOR(ES)
Eilers, Vivianne, Oliveira, Márcia Divina de, Roche, Kennedy Francis
FONTE
Acta Limnologica Brasiliensia
DATA DE PUBLICAÇÃO
29/02/2012
RESUMO
OBJETIVO: O presente estudo analisou as variações mensais em densidades populacionais e tamanho dos diferentes estágios das larvas planctônicas do molusco invasor mexilhão dourado (Limnoperna fortunei), nos rios Paraguai e Miranda; MÉTODOS: O estudo foi realizado entre fevereiro de 2004 e janeiro de 2005. Amostras mensais de plâncton foram acompanhadas pela análise de características físicas, químicas e biológicas da água; RESULTADOS: O rio Miranda apresentou maiores valores de cálcio, pH, alcalinidade, condutividade e fósforo total. A densidade das larvas variou entre 0-24 indivíduos.L-1 no rio Paraguay, com o máximo em março de 2004, enquanto no rio Miranda, a densidade variou entre 0-9 indivíduos.L-1, com o máximo em fevereiro de 2004. Larvas não foram encontradas nos meses mais frios, maio e junho. Nenhuma correlação significativa foi encontrada entre as características ambientais e densidades das larvas. Somente larvas com valvas foram encontradas. As formas "D" e veliger foram mais abundantes; a forma umbonada foi rara no rio Miranda. Valores médios dos tamanhos dos estágios "D", veliger e umbonada foram, respectivamente, 111, 135 e 152 µm, no rio Paraguai, e 112, 134 e 154 µm no rio Miranda. A análise de Componentes Principais indicou relações positivas entre o comprimento da forma "D" e a relação sólidos suspensos inorgânicos:orgânicos, enquanto relações negativas foram indicadas entre o comprimento da forma "D" e concentrações de cálcio e clorofila-; CONCLUSÕES: As larvas foram encontradas no plâncton durante a maior parte do ano, com a exceção dos meses mais frios. A densidade de larvas e o tamanho foram similares nos dois rios. Não foram registrados efeitos positivos da disponibilidade de alimento ou da concentração de cálcio sobre o tamanho das larvas. Esta espécie pode ser adaptada a crescer em ambientes com altas concentrações de sedimentos.
ASSUNTO(S)
larvas planctônicas mexilhão dourado limnoperna fortunei pantanal espécie exótica
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