DEPRESSIVE EPISODE INCIDENCE IN PATIENTS WITH CHRONIC HEPATITIS C TREATED WITH PEGYLATED INTERFERON AND RIBAVIRIN
AUTOR(ES)
VABO, Izabella Liguori Corsino, FERREIRA, Lincoln Eduardo Villela Vieira de Castro, PACE, Fábio Heleno Lima
FONTE
Arq. Gastroenterol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-03
RESUMO
RESUMO Contexto A terapia antiviral para a hepatite C crônica com interferon peguilado e ribavirina tem eficácia longe do ideal e é repleta de eventos adversos. Entre estes, destaca-se o transtorno depressivo que pode inclusive levar a interrupção do tratamento. Objetivos Em pacientes com hepatite C crônica tratados com interferon peguilado (IFN-PEG) e ribavirina, verificar a incidência de episódio depressivo, os possíveis fatores associados ao seu surgimento e o impacto deste sobre a resposta virológica sustentada. Métodos Portadores de hepatite C crônica submetidos à terapia antiviral foram entrevistados no Baseline, nas semanas 4, 12, 24, 48 de tratamento e quatro semanas após o término do mesmo utilizando a escala HADS para rastreamento do episódio depressivo e naqueles com HADS ≥9 o Inventário de Depressão de Beck (BDI-II) para graduação do episódio. Variáveis clínicas, sociodemográficas, laboratoriais e histológicas foram obtidas com o objetivo de identificar os fatores relacionados ao surgimento da depressão. A taxa de resposta virológica sustentada (HCV-RNA negativo seis meses após a interrupção da terapia) foi comparada entre os pacientes com e sem sintomas depressivos. Resultados Foram incluídos 32 pacientes, a maioria do sexo masculino (59%) e com média de idade de 54±11,13 anos. Prevaleceu o genótipo não 1 (56%) e 81% dos pacientes foram não cirróticos. Episódio depressivo foi diagnosticado em 25% dos pacientes sendo o pico de incidência observado na semana 12 de tratamento. O episódio depressivo foi moderado em 87% dos pacientes e motivou a interrupção em somente 1 deles. Nenhum dos fatores analisados foi associado ao surgimento de episódio depressivo observando-se uma tendência com relação ao sexo feminino ( P =0,08). A taxa de resposta virológica sustentada foi 75% e 67% nos pacientes com e sem episódio depressivo, respectivamente ( P =0,66). Conclusão A incidência de episódio depressivo em pacientes com hepatite C crônica submetidos à terapia antiviral foi de 25% e a semana 12 é a mais crítica. A presença de episódio depressivo não interferiu na taxa de resposta virológica sustentada.
ASSUNTO(S)
depressão hepatite c crônica interferon-alfa
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