Desempenho dos simuladores climaticos do modelo EPIC (Erosion Productivity Impact Calculator) para diferentes condições ambientais do Estado de São Paulo

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O modelo EPIC (Erosion Productivity Impact Calculator) foi desenvolvido para simular, de forma contínua, o efeito de estratégias de manejos agrícolas em recursos hídricos e produtividades de solos. No presente estudo os desempenhos dos simuladores de dados meteorológicos desse modelo foram avaliados para localidades paulistas (Campinas, Jaú, Manduri, Mococa, Pindorama e Ubatuba), incluindo: a Cadeia de Markov para probabilidades de seqüências de dias úmidos e secos; a equação de temperatura máxima ajustada para dias úmidos; e a equação de radiação solar também ajustada para dias úmidos. Uma proposta para o mapeamento desses modelos foi apresentada a partir dos resultados de seu ajuste e testes. Para todas as localidades testadas, os fatores de ajuste encontrados para os modelos de probabilidades, de temperatura e de radiação solar diferiram dos apresentados por SHARPLEY e WILLIAMS (1990). Ao se aplicarem os fatores de ajuste contidos nos modelos propostos na literatura, foram encontrados altos erros e baixos coeficientes de determinação e índice “d” - um coeficiente que quantifica matematicamente a concordância ou exatidão das estimativas - ambos utilizados como indicadores do desempenho das estimativas. A partir do ajuste dos modelos com os dados históricos para cada localidade paulista, foi verificado o melhor desempenho para o modelo de probabilidades de seqüências de dias secos, considerando-se o dia anterior úmido - P(W|D) - em relação ao modelo de probabilidades de seqüências para dois dias úmidos consecutivos - P(W|W). Os modelos de temperatura e de radiação solar apresentaram bom desempenho nos testes após os ajustes efetuadas em cada local. Ubatuba não apresentou resultado satisfatório para qualquer dos modelos testados. Os fatores de ajuste dos modelos de probabilidades (β), do modelo de temperatura (ΩT) e do modelo de radiação solar (ΩR) foram correlacionados à chuva e à temperatura médias mensais para cada local, a fim de se obter equações de regressão para que, posteriormente, essas equações fossem aplicadas em banco de dados de chuva e de temperatura já existente em um Sistema de Informação Geográfica (SIG) e para que o mapeamento desses fatores fosse obtido. Somente foi possível realizar o mapeamento em escala 1:1.000.000 para São Paulo do fator de ajuste β, a partir da equação de regressão obtida com a chuva mensal. Não houve correlação entre os fatores ΩT e ΩR com a chuva e a temperatura e, dessa forma, não foi possível realizar esses mapeamentos.

ASSUNTO(S)

sistemas de informação geografica climatologia erosão são paulo (sp)

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