Desempenho no MEEM em idosos frágeis, pré-frágeis e não frágeis residentes na comunidade : dados do estudo FIBRA em Errmelino Matarazzo, São Paulo / Performance on the Mini-Mental State Examination in frail, prefrail and nonfrail community elderly : data from the FIBRA study in Ermelino Matarazzo, São Paulo
AUTOR(ES)
Cláudia Rodrigues Monteiro Macuco
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
09/08/2011
RESUMO
Introdução: Fragilidade em idosos pode ser definida como uma síndrome multifatorial associada à diminuição de reserva metabólica e menor resistência a estressores, resultante de declínios acumulativos de múltiplos sistemas fisiológicos. A relação existente entre fragilidade e cognição permanece pouco esclarecida. Estudos brasileiros acerca do desempenho em domínios específicos do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) no curso da síndrome da fragilidade são inexistentes. Objetivo: Descrever e comparar o desempenho cognitivo de idosos frágeis, pré - frágeis e não frágeis no MEEM no escore total e em domínios específicos. Métodos: Estudo transversal utilizando dados do Estudo da Fragilidade em Idoso Brasileiros (FIBRA) em Ermelino Matarazzo/SP. Fizeram parte da amostra, 384 idosos de 65 anos e mais, agrupados em graus de fragilidade, segundo os critérios de Fried et al.(2001). A amostra foi recrutada em domicílio e submetida a uma única sessão de coleta de dados em ambiente comunitário, com protocolo que incluiu variáveis sociodemográficas, medidas antropométricas e variáveis para obtenção dos critérios de fragilidade. O desempenho cognitivo foi avaliado pelo MEEM. Resultados: Idosos mais velhos, do sexo feminino, menos escolarizados, com menor renda, e que atingiram critérios para fragilidade apresentaram desempenho significativamente mais baixo no escore total do MEEM, e em alguns de seus domínios. As análises de regressão linear apontaram que o MEEM, no escore total e nos domínios, sofre influência do gênero, idade, escolaridade, renda familiar e fragilidade. Fragilidade esteve associada de modo mais significativo com o domínio orientação e memória. Conclusões: Os dados apresentados sugerem que existe relação entre o fenótipo da fragilidade e o desempenho cognitivo. Recomenda-se que uma avaliação integral do idoso frágil contemple também uma investigação do funcionamento cognitivo, do mesmo modo que intervenções para idosos com declínio na cognição incluam avaliações para marcadores de fragilidade
ASSUNTO(S)
envelhecimento fragilidade cognição aging frailty cognition
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000836840Documentos Relacionados
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