Desigualdades raciais no acesso à saúde da mulher no Sul do Brasil
AUTOR(ES)
Bairros, Fernanda Souza de, Meneghel, Stela Nazareth, Dias-da-Costa, Juvenal Soares, Bassani, Diego Garcia, Menezes, Ana Maria Baptista, Gigante, Denise Petrucci, Olinto, Maria Teresa Anselmo
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-12
RESUMO
O objetivo da pesquisa foi investigar o acesso de mulheres negras e brancas aos exames de detecção precoce de câncer de mama e colo de útero (citopatológico), em duas cidades no Sul do Brasil. Foi realizado um estudo transversal de base populacional realizado com mulheres de 20-60 anos, residentes em São Leopoldo e Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. As análises foram ajustadas por renda, escolaridade, classe econômica e idade para verificar a associação entre raça/cor e acesso aos exames. Foram entrevistadas 2.030 mulheres, sendo que 16,1% eram negras e 83,9% brancas. A probabilidade das mulheres não realizarem os exames citopatológico e de mama foi significantemente maior nas negras. A desigualdade racial no acesso aos exames de detecção precoce de câncer persistiu após controle para idade e variáveis socioeconômicas. O diferencial na realização dos exames de detecção precoce pode ser um reflexo das desigualdades raciais e socioeconômicas vividas por mulheres negras no acesso aos serviços e ações de atenção à saúde reprodutiva.
ASSUNTO(S)
saúde da mulher acesso aos serviços de saúde detecção precoce de câncer
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