Deslocamentos Condilares entre RC e MIC, com e sem Desprogramação, em Indivíduos Assintomáticos, com Maloclusão de CI II / CONDYLAR SHIFTING BETWEEN CR AND MIC, WITH AND WITHOUT USE OF BITE-SPLINT, IN SYMPTOM-FREE CLASS II PATIENTS
AUTOR(ES)
Solange Mongelli de Fantini
DATA DE PUBLICAÇÃO
1999
RESUMO
Os deslocamentos condilares entre as posições mandibulares de RC e MIC são considerados ocorrências freqüentes na população em geral. Foram comparados, então, os deslocamentos condilares entre as duas posições citadas, em pacientes com maloclusão de Cl II de Angle (1899), sem sinais e sintomas clínicos perceptíveis de DTM, antes de realizarem-se os tratamentos ortodônticos. A amostra foi constituída por dois diferentes grupos. O grupo Experimental contou com 22 indivíduos distribuídos igualmente entre os sexos, com média de idade de 14a8m. Esses pacientes usaram placa oclusal desprogramadora por um período médio de 7m22d, antes de se realizarem os registros. O grupo Controle constituiu-se de 23 indivíduos, sendo 10 do sexo masculino e 13, do feminino, com média de idade de 16a8m. Esses últimos não usaram placas de desprogramação neuromuscular. Os deslocamentos condilares de ambos os grupos foram medidos nos três planos do espaço por meio de modelos montados em articulador semi-ajustável Panadent e do Indicador de Posição Condilar, de mesma procedência. Os deslocamentos condilares médios observados no grupo experimental, no sentido vertical, foram de 4,24mm no lado direito e 3,86mm no lado esquerdo. No sentido horizontal, aquelas medidas foram de 0,72mm no lado direito e de -0,51mm no lado esquerdo. No sentido transversal, obteve-se a medida de 0,03mm. Os deslocamentos condilares médios do grupo Controle mediram, no sentido vertical, 1,31mm no lado direito e 1,86mm no lado esquerdo. No sentido horizontal, mediram -0,13mm do lado direito e -0,11mm, do esquerdo. No sentido transversal, o valor médio foi de -0,03mm. Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos Experimental e Controle, apenas quando comparados os dados dos deslocamentos condilares no sentido vertical, dos lados direito e esquerdo, sendo significantemente maiores no grupo Experimental. Encontrou-se, também, diferença estatisticamente significante entre as medidas dos deslocamentos verticais do grupo Experimental, dos lados direito e esquerdo, sendo significantemente maiores no lado direito. Comparações entre homens e mulheres não revelaram diferenças estatisticamente significantes em relação aos deslocamentos estudados, assim como não se encontrou correlação entre tempo de uso das placas e os deslocamentos verticais do grupo experimental. Finalmente, encontrou-se correlação inversa significante entre idade cronológica e os deslocamentos condilares verticais dos lados direito e esquerdo, do grupo Experimental. A mesma correlação inversa significante foi observada entre maturidade esquelética e os referidos deslocamentos. Assim, quanto mais velhos ou maior a maturidade esquelética, menores os deslocamentos condilares no sentido vertical, encontrados nos pacientes daquele grupo. Confirma-se então, neste estudo, a ocorrência freqüente de deslocamento condilar entre RC e MIC, em pacientes com maloclusão de Cl II de Angle (1899), sem sinais e sintomas de DTM. Observou-se também, que com o uso das placas desprogramadoras, são evidenciados com maior nitidez, os deslocamentos condilares no sentido vertical, mesmo em pacientes assintomáticos.
ASSUNTO(S)
ortodontia orthodontics malocusão mandibular condyle malocclusion côndilo mandibular
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