Desvio fonológico: aspectos sobre produção, percepção e escrita
AUTOR(ES)
Mezzomo, Carolina Lisbôa, Mota, Helena Bolli, Dias, Roberta Freitas
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-12
RESUMO
OBJETIVO: Verificar a relação entre o uso da estratégia de alongamento compensatório e a consciência do próprio desvio de fala e entre essa e diferentes hipóteses de escrita. MÉTODOS: Crianças com idades entre cinco anos, zero meses e 26 dias e seis anos, 11 meses e 26 dias e diagnóstico de desvio fonológico compuseram a amostra. Aplicou-se o Teste de Consciência do Próprio Desvio de Fala e a Avaliação da Hipótese de Escrita. A estratégia de alongamento compensatório foi identificada com auxílio da espectrografia acústica. Foram formados dois grupos: grupo que faz uso da estratégia de alongamento compensatório e grupo que não faz uso dessa estratégia. Analisou-se a relação entre o uso da estratégia estudada e a consciência do próprio desvio de fala individualmente e entre os grupos. Conforme a hipótese de escrita, a amostra foi dividida em grupo com hipótese de escrita pré-silábica e grupo com hipótese de escrita silábica. Os dados foram analisados através do teste estatístico Kruskal-Wallis. RESULTADOS: Os resultados demonstraram que o grupo que não fez uso da estratégia de alongamento compensatório obteve média superior na consciência do próprio desvio de fala ao grupo que fez uso da estratégia. O grupo com hipótese de escrita silábica obteve média superior ao grupo pré-silábico na consciência do próprio desvio. CONCLUSÃO: As crianças podem fazer uso da estratégia de alongamento compensatório e não ter consciência do próprio desvio de fala; ou podem ter consciência do próprio desvio e não fazer uso dessa estratégia. Observou-se uma possível relação entre a consciência do próprio desvio de fala e a hipótese de escrita.
ASSUNTO(S)
fala distúrbios da fala acústica da fala aprendizagem percepção da fala
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