Determinação de cistatina C como marcador de função renal

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: A cistatina C sérica tem sido apontada como um marcador de filtração glomerular. OBJETIVO: Realizar a validação de um método específico e automatizado, a imunonefelometria, mensurando os níveis séricos de cistatina C por meio do nefelômetro da empresa Behring (BN II) e correlacionar resultados obtidos entre pacientes transplantados. O ensaio perfaz o intervalo de referência de 0,23-7,25 mg/l. A imprecisão intra e interensaio foi de 8,73% e 5,38%, respectivamente. A recuperação analítica da cistatina C após adição de controle foi entre 86,7 % e 98% (média 92,3%). A estabilidade da cistatina C à temperatura ambiente, sob refrigeração e sob congelamento foi testada. A perda mais significativa foi encontrada nas amostras armazenadas à temperatura ambiente, em que foram perdidos até 10% da concentração inicial. Foi encontrado coeficiente de variação de 14,79% para sensibilidade analítica. Durante todo o processo foram comparados os resultados com o controle de qualidade e obtivemos bons resultados. Depois desses testes, nós comparamos as correlações em três grupos de pacientes transplantados renais sob diferentes esquemas de imunossupressão (n = 197) - azatioprina (n = 36), micofenolato mofetil (n = 131) e sirolimus (n = 30) - entre as equações de estimativa de filtração glomerular (Cockroft Gault, Nankivell e Modification of Diet in Renal Disease) e cistatina C sérica ou creatinina sérica. CONCLUSÃO: O ensaio nefelométrico cistatina C pode perfeitamente ser adequado à nossa rotina laboratorial e as correlações entre creatinina sérica e as diferentes equações de estimativa de filtração glomerular são melhores do que quando comparamos as mesmas à cistatina C nos três grupos, independentemente da terapia imunossupressora utilizada.

ASSUNTO(S)

cistatina nefelometria função renal transplante imunossupressores

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