Dialogos que perpassam o tempo e o espaÃo: Shakespeare e Suassuna

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Este trabalho visa a propiciar, a partir de uma reflexÃo sobre a evoluÃÃo da literatura dramÃtica, uma anÃlise sobre os possÃveis diÃlogos que podem existir entre as obras e destas com seus contextos histÃricos e sociais, investigando em que medida essa arte contribui para refratar as relaÃÃes de poder presentes na histÃria da humanidade, que estÃo inscritas na linguagem. Pelo viÃs da leitura comparada, analisar-se-Ão duas obras que se tornaram representativas em momentos bem distintos da literatura dramÃtica. Uma delas, O Mercador de Veneza (1597), do escritor inglÃs William Shakespeare, escrita no final do sÃculo XVI, e a outra, Auto da Compadecida (1956), do escritor brasileiro Ariano Suassuna, escrita no sÃculo XX. As duas obras, a partir de seus contextos, de Ãpocas determinadas, propÃem quadros de significaÃÃo universalmente vÃlidos, pois exploram como temÃtica as relaÃÃes de poder. Tanto uma quanto a outra dialogam com a ComÃdia Antiga de AristÃfanes ao apresentarem duas partes bem distintas; uma primeira parte com a aÃÃo dos personagens e uma segunda, com a reflexÃo dessa aÃÃo. Essa reflexÃo se dà nas duas peÃas quando, no auge de seus conflitos principais, ocorre uma sessÃo de julgamento. Para, entÃo, compreender como foram construÃdos esses enredos e como dialogam entre si e com seus contextos, analisar-se-Ão a construÃÃo dos enunciados, a configuraÃÃo dos gÃneros e o processo de carnavalizaÃÃo da literatura à luz das contribuiÃÃes teÃricas de Bakhtin.

ASSUNTO(S)

dialogismo letras linguagem literatura dramÃtica shakespeare e suassuna

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