Dinâmica de epidemias numa rede social real

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Fenômenos como a rápida propagação de epidemias em escala mundial tem chamado a atenção para a importância da estrutura da rede de contatos, através da qual os membros de uma comunidade interagem entre si. O efeito da topologia das redes de contatos sociais na dinâmica de epidemias tem sido estudado recentemente de maneira geral em redes paradigmáticas (mundo pequeno, livre de escala, etc.), mostrando efeitos que dão outra dimensão aos resultados típicos de campo medico, i.e, ausência de limiar de epidemia e limiar de epidemia dependente da topologia. Aproveitamos o primeiro levantamento completo de uma rede real de contatos amorosos, denominada por seus autores de romântica, para estudar a propagação hipotética de uma doença sexualmente transmissível com dinâmica SIR (suscetível, infectado e removido). Quando as interações entre os indivíduos permanecem inalteradas no tempo (rede estática), comparamos as propriedades epidérmicas entre as topologias real e paradigmáticas. Alem disso, incluímos nesta comparação a variabilidade na freqüência de interações entre os indivíduos. Por fim, consideramos a dinâmica real de formação de pares na rede romântica e estudamos propagação da doença. Confrontamos as propriedades epidêmicas da rede romântica dinâmica com a versão estática. Os resultados obtidos indicam por um lado a substancial diferença entre a rede real e a rede livre de escala, em todos os cenários. Por outra parte, sugerem que o espalhamento da epidemia e, bem menos grave na rede romântica dinâmica quando comparado a versão estática dessa rede.

ASSUNTO(S)

epidemiologia doenças sexualmente transmissíveis redes sistemas complexos simulação computacional

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