DinÃmica de sistemas de bancos oceÃnicos da Cadeia Norte do Brasil: caracterizaÃÃo experimental e simulaÃÃo numÃrica

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Neste trabalho utilizou-se os dados fÃsicos oceanogrÃficos e meteorolÃgicos, obtidos durante o Programa REVIZEE - Nordeste, para analisar a dinÃmica de sistemas bancos oceÃnicos da cadeia Norte do Brasil. Num primeiro momento, foram dentificadas as massas dâÃgua, a espessura da camada de barreira, a energia cinÃtica turbulenta, os perfis de temperatura e de salinidade na Ãrea do banco Aracati. Numa segunda etapa, estas informaÃÃes foram utilizadas em um modelo matemÃtico tri-dimensional, visando identificar situaÃÃes potenciais de ressurgÃncia orogrÃfica nesta sub-regiÃo. Foram identificadas duas massas dâÃgua na regiÃo do banco Aracati, sendo essas: a Ãgua Tropical, cujo limite inferior està à cerca de 150 m, aproximadamente, e a Ãgua Central do AtlÃntico Sul, situada entre a Ãgua Tropical e a profundidade de cerca de 670 m. A camada de barreira variou sazonalmente de uma situaÃÃo menos espessa na primavera a mais espessa no outono, com mÃnimo de 2 m (outubro a dezembro) e mÃximo de 20 m (abril a junho). Jà as camadas de mistura e isotÃrmica alcanÃaram maiores profundidades mÃdias (84 m e 96m, respectivamente) no inverno correspondendo ao trimestre de julho a setembro. Na primavera, estas camadas ficaram restringidas nas primeiras profundidades mÃdias de 6 e 8 m, correspondentemente. A energia mÃdia produzida pelo cisalhamento eÃlico foi de 9,8x10-4 m2 s-2, e a produzida por quebra de ondas superficiais foi de cerca de 10,8x10-2 m2 s-2. Os perfis verticais de temperatura indicaram a presenÃa de uma termoclina ao longo de todo o ano, com seu inÃcio variando entre as profundidades de 70 e 150 m, aproximadamente. No tocante à salinidade, as isoalinas mostraram uma variaÃÃo similar à das isotermas com destaque a formaÃÃo de cÃlulas de baixa salinidade na parte rasa do banco. O modelo matemÃtico reproduziu satisfatoriamente os perfis de temperatura e salinidade observados. A estrutura cinemÃtica gerada nas simulaÃÃes indicou o desenvolvimento de velocidades verticais da ordem de 10-3 m/s na regiÃo situada à montante do banco, tanto no inverno quanto no verÃo. Nesta Ãltima estaÃÃo, entretanto, as velocidades verticais mais importantes ficaram localizadas abaixo do limite inferior da zona eufÃtica enquanto que, no inverno, foram constatadas velocidades significativas dentro desta zona de penetraÃÃo de luz

ASSUNTO(S)

simulaÃÃo numÃrica caracterizaÃÃo experimental bancos oceÃnicos da cadeia norte do brasil oceanografia

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