Dinâmica do estrato herbáceo de uma vegetação de caatinga do Sertão de Pernambuco sob intensidade de uso por caprinos.

AUTOR(ES)
FONTE

REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Uma pastagem nativa de caatinga foi submetida a várias intesidades de uso (IU) por caprinos (1981-84), para verificar o efeito delas na degradação da vegetação. A pesquisa envolveu três lU variando de 1 cabra/1 ha para 1 cabra/3 ha, além da exclusão (sem pastejo), ocupando sete áreas variando de 15 a 45 ha. Usando-se quadrados de 1 m2, avaliou-se o efeito das lU sobre o estrato herbáceo, e não se detectou influência sobre a frequência das espécies herbáceas e nem sobre a densidade das plantas novas (altura < 0,5 m) das espécies lenhosas, cuja média no período foi de 2,401 plantas/m2, excluindo as plantas novas da árvore "Tabebuia spongiosa" Rizzini. Entre as 31 espécies herbáceas avaliadas, as frequências de 29 delas foram influenciadas (P<0,05) pela precipitação. "Selaginella convoluta" Spring e "Herissantia crispa" (L.) Briz., com frequências médias de 49,9 e 24,7%, respectivamente, não foram influenciadas pela precipitação. A densidade das plantas novas das espécies lenhosas também foi influenciada (P<0,05) pela precipitação, sendo a densidade em 1984 (3,005 plantas/m2) superior às densidades de 1982 e 1983 (1 ,895 e 2,055 plantas/m2, respectivamente). Em conclusão, altas lU por caprinos durante três anos não foram suficientes para causar degradação do estrato herbáceo da Caatinga. Precipitação foi o fator mais importante.

ASSUNTO(S)

degradação da vegetação influência da precipitação sobrepasto taxa de lotação brasil nordeste semi-Árido

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