Distribuição espacial da prevalência de aglutininas anti-lepitospira em bovinos em Cáceres, MT, Brasil 2005.

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A soroprevalência, distribuição e análise espacial, de aglutininas anti-leptospira em bovinos, foi estudada na região do Setor I, município de Cáceres-MT em 2005, utilizando o método estatístico Bayesiano empírico para dados binomiais e estatística de varredura para avaliar possíveis áreas de risco diferenciado. Foi feito um mapeamento baseado em cartas geográficas de divisas e divisões de pastagens de 29 fazendas da região. Estas propriedades possuíam rebanho bovino e os proprietários aderiram ao estudo. Foi aplicado um questionário para obter informações relacionadas à caracterização da propriedade, perfil do produtor e manejo reprodutivo e sanitário. O tamanho da amostra, foi de 2,5% dos bovinos por pasto ocupado, baseado em uma população acima de quatro meses de 79.582 animais, sendo coletadas 2123 amostras de soro sangüíneo de bovinos entre as faixas etárias 4 a 12 meses, 13 a 24 meses, 25 a 36 meses e mais de 36 meses de ambos os sexos. Os soros foram testados pela técnica de aglutinação microscópica, frente a 17 sorovariedades de leptospiras. Cerca de 15% dos machos e 85% das fêmeas foram sororreagentes a pelo menos uma das sorovariedades, perfazendo 57,93% de todas as amostras. As faixas etárias apresentaram diferenças significativas entre os resultados (p<0,001). As sorovariedades hardjo (Hardjobovis) (30,88%), hardjo (Norma) (29,90%), hardjo (OMS) (18,81%) e wolffi (10,83) foram as mais freqüentes. Todas as fazendas apresentaram bovinos sororreagentes e a prevalência média de aglutininas anti leptospira encontrada nas 29 fazendas foi de 61,07%. As prevalências por pasto mostraram que a faixa etária mais afetada foi a de 25 a 36 meses (65,14%) seguida da idade superior a 36 meses (63,34%). Na avaliação de risco, demonstrou-se que a infecção por leptospiras patogênicas para os bovinos não ocorre ao acaso, tendo duas áreas com maior risco relativo, um conglomerado primário com RR de 1,45 e um secundário com RR de 1,38. As análises não revelaram diferenças em relação ao manejo dos animais, nas diferentes fazendas.

ASSUNTO(S)

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