Educação em saúde e a estratégia da família: o desafio do trabalhador em (re) significar a prática / Health education and the family health strategy: the challenge of the worker (re) signify the practice
AUTOR(ES)
Sílvia Regina Gomes de Oliveira
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
30/05/2011
RESUMO
A conquista da democracia política e a construção do Sistema Único de Saúde (SUS), na década de 80, asseguram a saúde como direito universal e dever do Estado, cuja concepção está ligada ao meio e as condições de vida do sujeito inserido no processo produtivo. O SUS, ancorado em seus princípios e diretrizes, operacionaliza suas ações através da Estratégia Saúde da Família (ESF) que possibilita aos trabalhadores das equipes, uma prática assistencial humanizada, dinâmica, renovadora, integral e permite reorientar a assistência, voltando sua atenção para a família inserida em uma comunidade. Dentre as atividades realizadas pelas equipes de Saúde da Família, a Educação em Saúde contribui cada vez mais à Promoção da Saúde além de fundamentar a ESF e afirmar o próprio SUS, como política pública. Neste contexto, o trabalhador de saúde tem o importante papel de proporcionar à comunidade, condições necessárias para o processo educativo. No entanto, as incoerências das práticas educativas do modelo vigente, levaram-me a eleger como foco de pesquisa a seguinte questão: qual a concepção que os trabalhadores de saúde têm sobre Educação em Saúde? Objetivando conhecer a concepção de Educação em Saúde de vinte e sete trabalhadores da ESF, foi-lhes proporcionado um espaço para reflexão e discussão sobre a vivência desta prática, o que permitiu uma aproximação com a Pesquisa Participante, balizada pela Metodologia de Paulo Freire. Esta metodologia proporcionou aos trabalhadores codificarem, decodificarem e desvelarem criticamente os conceitos, dificuldades, possibilidades e as expectativas da ação educativa, representadas em quatro categorias geradas do desenvolvimento de quatro encontros dos círculos de cultura: as práticas educativas nas orientações e nas palestras; as vicissitudes do ouvir nas práticas educativas; as práticas educativas e seus enigmas; e, por fim, os trabalhadores da ESF (re)significando suas práticas. Os resultados mostram que as práticas educativas são centradas em orientações pontuais, palestras de caráter disciplinador que não abre espaços para a escuta qualificada, o que não permite a interação com a comunidade. Possuem dificuldades em diferentes aspectos do agir educativo, procedentes da prática bancária, preventiva e medicalizada. A reflexão que daí procedeu sensibilizou esses trabalhadores que se consideravam donos do saber. Durante o processo das oficinas, demonstraram potenciais para o desenvolvimento de práticas educativas transformadoras, e a construção de um modelo dialógico em que o profissional assume o papel de mediador num processo de transformação e empoderamento
ASSUNTO(S)
promoção da saúde saúde da família educação em saúde saude coletiva promoção da saúde health promotion family health health education
ACESSO AO ARTIGO
http://www6.univali.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=969Documentos Relacionados
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