Efeito da imunoterapia com IFNB na regulaçao da resposta imune da esclerose ultipla e na encefalomielite experimental auto-imune

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Uma das abordagens terapêuticas não específica utilizada no tratamento da Esclerose Múltipla é o Interferon beta (IFNf3).A Esclerose Múltipla (E.M) é uma doença auto-imune que se caracteriza por inflamação e desmielinizaçãode múltiplas áreas da substância branca do SNC, com posterior lesão do oligodendrócito, resultando clinicamente em disfunção neurológica. O modelo experimental que apresenta muitos aspectos clínicos e histológicos para esta doença é a Encefalomielite Experimental Auto-imune (E.A.E), causada por linfócitos T CD4 tipo Thl, podendo ser induzida em murinos pela inoculação de clones auto-reativos aos componentes da mielina como a proteÚla básica de mielina e a proteolipoproteÚla. A obtenção de tolerância aos antígenos próprios, resulta em mecanismos que levam à supressão de clones de linfócitos específicos para os componentes da mielina como a regulação através de citocinas, e deleção e a anergia dos clones auto-reativos. Diante disso, resolvemos acompanhar o efeito da terapia com IFNf3 sobre a participação de algumas moléculas envolvidas com a doença. Com relação a deleção, observamos o aumento da molécula Fas, tanto na superficie como na sua forma solúvel, detectada em linfócitos e no soro dos pacientes com E.M, incubando-os com os devidos anticorpos e analisando em citômetro de fluxo e ELISA, respectivamente. Com relação a anergia, observamos diminuição de CD80 (que ativam linfócitos Thl) e um aumento significativo na expressão CTLA4, quando quantificamos em linfócitos de murinos com E.A.E, incubando as células com os devidos anticorpos. Foi detectado também, um aumento nos níveis de CTLA4 intracelular (marcador responsável pela regulação negativa dos linfócitos) em pacientes com E.M, incubando as células com os devidos anticorpos e analisando em citometria de fluxo. Paralelamente, estudamos o efeito in vitro dos linfócitos de murinos e humanos afetados, incubando-oscom neuroantígenos e analisandoem Cintilador Beta. Concluímos com os dados obtidos nesse estudo que o IFNf3,modifica vários aspectos da resposta imunológica, fazendo com que clones de linfócitos T respondessem bem menos aos neuroantígenos, sugerindo que estes linfócitos podem estar sendo imunorregulados por anergia ou por apoptose, quando comparados ao grupo não tratado e grupo controle

ASSUNTO(S)

esclerose multipla auto-imune

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