Efeito da insulina sobre a cinetica de morte de celulas epiteliais prostaticas apos castração / Insulin influences tissues changes and the kinetics of epithelial cell death in the rat ventral prostate after castration

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Na próstata, o crescimento e a fisiologia epitelial dependem da expressão dos receptores de hormônios esteróides por alguns tipos celulares e das interações parácrinas que se estabelecem a partir da resposta inicial a estes hormônios, associados a uma complexa interação com hormônios somatotróficos como insulina, prolactina e hormônio de crescimento. Este estudo investigou a ação da insulina sobre a sobrevivência das células epiteliais prostáticas frente à privação androgênica, e sua possível contribuição para a defasagem entre a queda dos níveis de andrógeno (até 12 horas após castração) e o pico de morte das células epiteliais (72 horas após castração), monitorando a cinética de morte celular em animais castrados em comparação com aquelas de animais diabéticos induzidos com aloxana. A indução do diabetes causou uma redução da densidade de volume e do volume do epitélio. Esta redução foi maior com a aplicação de insulina. O mesmo foi observado para as células musculares lisas, mas não para o compartimento luminal e estromal. A castração tem um efeito tardio sobre o epitélio, com reduções tanto da densidade de volume como do volume somente 96 horas após castração. Já nos animais diabéticos o efeito é observado já às 24h após castração. Relação inversa se dá com o lúmen. Embora tenham sido observados aumentos na densidade de volume do estroma, não houve efeito significativo no volume final após 120 horas. No caso das células musuclares lisas, não foi observado efeito da castração, no período analisado. Já no caso dos animais diabéticos, há uma redução significativa dentro do período analisado. A reação de Feulgen permitiu analisar a morfologia nuclear e a observar uma antecipação do pico de apoptose para 48 horas após a castração na ausência de insulina. A aplicação de insulina restaura a posição do pico para as 72h e diminui a taxa de morte celular em todos os pontos experimentais analisados, antes e após castração. Os mecanismos moleculares envolvidos nestas respostas estão relacionados à privação androgênica associada a um elemento de sobrevivência celular promovido pela insulina. Na ausência desta, ocorre uma antecipação da morte das células epiteliais. Esta hipótese é reforçada pela observação de que a insulina exógena não somente restaura o pico às 72 horas, como reduz a taxa de apoptose, inclusive nos animais não castrados.

ASSUNTO(S)

castration insulin prostata insulina apoptose epithelial cells celulas epiteliais apoptosis prostate castração

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