Efeito da temperatura sobre o crescimento micelial de Trichoderma, Sclerotinia minor e S. sclerotiorum e sobre o micoparasitismo
AUTOR(ES)
Domingues, Manuel Victor Pessoni Fernandes, Moura, Karina Elaine de, Salomão, Denise, Elias, Luciana Mecatti, Patricio, Flávia Rodrigues Alves
FONTE
Summa phytopathol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-09
RESUMO
RESUMO As condições ambientais são muito importantes para o controle biológico de doenças de plantas. Em um estudo prévio, isolados de Trichoderma asperellum (IBLF 897, IBLF 904 e IBLF 914) e T. asperelloides (IBLF 908) foram selecionados como antagonistas a Sclerotinia minor e S. sclerotiorum, agentes causais da murcha de esclerotínia, uma das mais importantes doenças da cultura da alface. Neste estudo subsequente o crescimento micelial destes isolados e dos patógenos foi avaliado em diferentes temperaturas, assim como o micoparasitismo do isolado IBLF 914. O crescimento micelial dos isolados de T. asperellum e T. asperelloides, bem como de S. minor e S. sclerotiorum, foi avaliado em temperaturas variando de 7 a 42 oC. O parasitismo de propágulos de S. minor e S. sclerotiorum pelo isolado IBLF 914, assim como o número de plântulas de alface sobreviventes ao tombamento, foram avaliados aos 12, 17, 22, 27 e 32 oC em caixas gerbox contendo substrato. S. minor e S. sclerotiorum apresentaram crescimento micelial nas temperaturas de 7 a 27 °C, mas não cresceram a 32 °C e ambos os patógenos apresentaram maior crescimento micelial a 22 °C. Os isolados de Trichoderma cresceram em temperaturas entre 12 e 37°C, com um máximo a 27 oC. O isolado IBLF 914 exibiu micoparasitismo e reduziu a doença nas plântulas de alface em temperaturas entre 22 e 32°C. Como a murcha de esclerotínia ocorre quando predominam temperaturas amenas e elevada umidade e o antagonista foi mais efetivo em temperaturas médias a elevadas, sugere-se que Trichoderma seja aplicado em lavouras de alface no Brasil também nos meses mais quentes do ano visando a reduzir o inóculo presente no solo antes da instalação da cultura de inverno, mais afetada pela doença.
ASSUNTO(S)
murcha de esclerotínia lactuca sativa trichoderma asperellum trichoderma asperelloides controle biológico
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