Efeito de fontes de Ãcidos graxos na dieta e da reduÃÃo da temperatura sobre o metabolismo lÃpico de tilÃpias nilÃticas (Oreochromis niloticus) e trutas arco-Ãris (Oncorhynchus mykiss) / of the source of fatty acids in the diet and of temperature on the lipid metabolism of Nile tilapias (Oreochromis niloticus) and rainbow trout (Oncorhynchus mykiss)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Os experimentos foram realizados na Universidade de Murcia, Espanha e na EstaÃÃo de Piscicultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Brasil, com duraÃÃo de 24 meses, com o objetivo de avaliar o metabolismo lipÃdico de trutas arco-Ãris (Oncorhynchus mykiss) e tilÃpias nilÃticas (Oreochromis niloticus). No primeiro experimento, conduzido na Espanha, foram utilizadas 40 fÃmeas de truta arco-Ãris, com peso mÃdio inicial de 225g, mantidas em caixas de metabolismo de 600L. Os tratamentos aplicados foram: 1- dieta controle + Ãleo de linhaÃa, a 20ÂC; 2- dieta controle + Ãleo de linhaÃa, 5 dias apÃs a reduÃÃo da temperatura para 15ÂC; 3- dieta controle + Ãleo de linhaÃa, 10 dias apÃs a reduÃÃo da temperatura para 15ÂC; 4- dieta controle + Ãleo de peixe, a 20ÂC; 5- dieta controle + Ãleo de peixe, 5 dias apÃs a reduÃÃo da temperatura para 15ÂC; 6- dieta controle + Ãleo de peixe, 10 dias apÃs a reduÃÃo da temperatura para 15ÂC. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 3 repetiÃÃes e os tratamentos dispostos em esquema fatorial 2x3, sendo 2 dietas e 3 tempos de coleta (0, 5 e 10 dias). Os parÃmetros avaliados foram: perfil de Ãcidos graxos e composiÃÃo bromatolÃgica do mÃsculo e atividade hepÃtica de 6 e 5 dessaturase. Os dados obtidos foram submetidos à anÃlise de variÃncia pelo software SISVAR, com as mÃdias dos tratamentos comparadas pelo teste F (5%) e os tempos de coleta submetidos à anÃlise de regressÃo. Os peixes alimentados com a dieta contendo Ãleo de linhaÃa apresentaram maiores alteraÃÃes no perfil de Ãcidos graxos poliinsaturados, quando comparados aos animais submetidos à dieta com Ãleo de peixe (P<0,05). Esse perfil sofre modificaÃÃes lineares com a reduÃÃo da temperatura, refletindo uma adaptaÃÃo metabÃlica destes animais ao estresse tÃrmico. NÃo houve diferenÃa significativa na composiÃÃo bromatolÃgica muscular dos peixes submetidos aos diferentes tratamentos (P>0,05). O segundo experimento, foi realizado no laboratÃrio de nutriÃÃo de peixes da UFLA, sendo subdividido em dois experimentos. No primeiro, foram utilizados 45 machos sexados de tilÃpia nilÃtica, com peso mÃdio inicial de 204g, mantidos em 15 caixas de metabolismo de 100L, a uma temperatura mÃdia de 20,9ÂC. Os tratamentos aplicados foram: 1- dieta controle + Ãleo de oliva; 2- dieta controle + Ãleo de milho; 3- dieta controle + Ãleo de soja; 4- dieta controle + Ãleo de linhaÃa; 5- dieta controle + Ãleo de peixe. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 4 repetiÃÃes. No segundo sub-experimento, foram utilizados 40 machos sexados de tilÃpia nilÃtica, com peso mÃdio inicial de 205g, mantidos em 5 caixas de metabolismo de 250L, a uma temperatura mÃdia de 24,7ÂC. Os tratamentos aplicados foram: 1- dieta controle + Ãleo de oliva; 2- dieta controle + Ãleo de milho; 3- dieta controle + Ãleo de soja; 4- dieta controle + Ãleo de linhaÃa; 5- dieta controle + Ãleo de peixe. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 7 repetiÃÃes. Os parÃmetros avaliados para os dois sub-experimentos desta etapa foram: perfil de Ãcidos graxos do tecido muscular e atividade hepÃtica de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) e enzima mÃlica (EM). Os dados obtidos foram submetidos à anÃlise de variÃncia pelo software SISVAR e as mÃdias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Scott-Knott (5%). NÃo houve diferenÃas significativas para os teores musculares de umidade e cinzas, em ambos experimentos (P>0,05). PorÃm, foram observadas alteraÃÃes nos teores de lipÃdios e proteÃna nos peixes referentes aos tratamentos 1, 2 e 3, nos dois experimentos (P<0,05). Os peixes alimentados com dietas ricas em Ãcidos graxos poliinsaturados apresentaram maiores teores dos mesmos em sua composiÃÃo lipÃdica muscular (P<0,05). A atividade enzimÃtica de G6PD foi superior a de EM, em ambas as condiÃÃes experimentais, sendo mais elevadas nos animais alimentados com raÃÃes contendo Ãleo de oliva, milho e soja (P<0,05), evidenciando, conseqÃentemente, a maior deposiÃÃo lipÃdica muscular destes peixes.

ASSUNTO(S)

zootecnia nutrition, fish, lipids, enzyme nutriÃÃo, peixe, lipÃdios, enzimas

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