Efeito de magnesio, ferro e conalbumin no desenvolvimento, produção de proteinas extracelulares e parede celular de staphylococus aureus S-6
AUTOR(ES)
Elisa Yoko Hirooka
DATA DE PUBLICAÇÃO
1984
RESUMO
O presente trabalho foi desenvolvido com a finalidade de estudar o efeito da concentração dos íons magnésio e ferro, assim como da proteína conalbumina no desenvolvimento da linhagem Staphylococus aureus S-6 . As outras propriedades estudadas foram a produção do proteínas extracelulares congulase, nuclease e as enterotoxinas A ( EEA ) o B ( EEB ) e a estrutura de parede celular. A remoção de íons do hidrolisado de caseína, meio NAK ( 2,5 µg/mL de íons ferro e magnésio ) com alumina deu origem ao meio denominado NAKSA ( 0,4 ug/mL de forro 0,1 ug/ml de magnésio) . Este tratamento afetou o desenvolvimento de S.aureus S-6 , obtendo-se células com morfologia alterada, diminuição do peso seco e modificações na produção das proteínas extracelularas DNAse, coagulase e as enterotoxinas A e B, assim como a enzima intracelular desidrogenase lática. A adição de 1,11 µg/mL de Mg2+ ao meio NAKSA levou a recuperação do peso seco, porém não houve restabelecimento total da morfologia celular. Para este valor de magnésio, o nível de DNAse aumentou 3,5 vezes em relação ao meio NAK, enquanto que a concentração das proteínas extracelulares restantes, assim como intracelulares analisadas, não atingiu os valores obtidos no meio NAK. Foi constatado que este aumento da atividade nucleásica não se deve a um dano da célula ao nível de membrana, nem ao efeito do íon magnésio ou de componentes da parede celular na atividade enzimática, mas devido a uma maior produção e liberação da enzima pelo microrganismo. A quantidade de enterotoxina B produzida foi afetada por variações na concentração de magnésio, enquanto que a de enterotoxina A permaneceu constante. A adição de ferro em concentrações superiores a 1,19 ug/mL, ao meio NAKSA mais 1,11 µg/mL do Mg2+ teve como consequência efeitos adversos , tanto para o desenvolvimento do microrganismo, quanto sobre a liberação de DNAse e EEB, indicando que o equilíbrio iônico desempenha um papel importante no desenvolvimento normal das células. A adição de conalbumina ao meio NAKSA mais 1,11 µg/mL de Mg2+ não apresentou efeitos inibitórios nas propriedades estudadas, ocorrendo inclusive um ligeiro estímulo na produção das proteínas extracelulares no meio NAKSA. Em relação à fração das enzimas extracelulares associadas à célula, verificou-se que a DKAse superficial liberada pela ação da lisostafina foi aproximadamente 200 vezes inferior a concentração da mesma enzima presente no sobrenadante da cultura. A quantidade de DNAse presente na parede celular foi aproximadamente igual aquela presente nos protoplastos. A linhagem S. aureus S-6 apresentou variações durante o armazenamento e transferências sucessivas, tais como aumento ou diminuição na produção das proteínas extracelulares em estudo. A analise por difração de raios X mostrou que as paredes celulares do microrganismo desenvolvido nos meios NAK e NAKSA , não apresentam diferenças ao nível da estrutura tridimensional, embora tenham sido observadas alterações morfológicas marcantes, através de microscopia ótica.
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