Efeito de polimorfismos do gene da interleucina-1 (IL-1), IL-6, IL-10 e fator de necrose tumoral na ocorrencia de reação transfusional febril não hemolitica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Citocinas inflamatórias como IL-1? e ?, IL-1RA, IL-6, IL-10 e TNF estão envolvidas na resposta imune inclusive na ocorrência de reação febril não hemolítica. Podem acumular nos concentrados de plaquetas (CPs) durante o armazenamento ou serem liberadas por células do receptor de transfusão. Alguns polimorfismos dos genes destas citocinas interferem na produção frente a estímulos. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a importância dos polimorfismos IL1B-511C/T, IL1+3953C/T, IL1RN intron2 VNTR, IL6-174G/C, IL10-1082G/A, IL10-819C/T, TNF308G/A e TNF+252G/A em pacientes multitransfundidos e em doadores de sangue, utilizado para produção de CPs, através da avaliação da ocorrência precoce de RFNH associada a transfusão de concentrado de hemácias ou do acúmulo de IL-1? e ?, IL-1RA e TNF nos CPs. Utilizamos o método PCR e digestão com enzimas de restrição (PCR-RFLP) ou sequenciamento automatizado para identificações destes polimorfismos. Em nossa amostra de população da região de Campinas, São Paulo, encontramos freqüências genotípicas comparáveis às populações européia e norte americana e diferenças significativas das populações asiática e de origem africana. O raro alelo IL1RN*0 foi identificado em nosso grupo, não foi demonstrado interferência deste alelo, em heterozigose, na expressão do gene IL1RN em modelo in vitro. Nos CPs obtidos de plasma rico em plaquetas (CP-PRP) foi observado maior acúmulo de IL-1? nos doadores IL1B-511CC, evidenciado no D5 e D7 de armazenamento. Foi observada correlação inversa entre o conteúdo de plaquetas nos CP-PRP e o acúmulo de IL-1? e TNF, não havendo correlação com a contaminação leucocitária. Não houve acúmulo de IL-1? e IL- 1RA durante o armazenamento. No grupo de pacientes multitransfundidos, o alelo IL1RN*2 e o genótipo IL1RN*2.2 correlacionaram-se com a ocorrência de RFNH precoce. Concluímos que, o estudo de características genéticas dos doadores de sangue e pacientes pode ajudar a esclarecer as variações de ocorrência e gravidade dos efeitos adversos associados à transfusão de sangue, identificando grupos de maior risco e delineia uma nova linha de investigação

ASSUNTO(S)

polimorfismo transfusão de sangue gene citocinas

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