Efeitos do choque hipertermico em celulas HeLa : dados morfologicos, morfometricos e imagens de interferencia
AUTOR(ES)
Silvia Regina Pergamo de Miranda
DATA DE PUBLICAÇÃO
1991
RESUMO
Células HeLa, mantidas por 16 horas a 37°C e submetidas a choque de temperatura de 40 °C e 43°C por 1 hora, foram estudadas comparativamente quanto ao fenótipo celular; propriedades de hasofilia; número e tamanho nuclear e nucJeolar; valores de Índice mitótico; micronucleação; e padrão de distribuição de massa seca, este último antes e após tratamento com solução salina concentrada. Estas características foram também investigadas em culturas que retomaram às condições controle, por 4 horas após a hipertermia (recuperação). Ao lado de diversidade morfológica observável mesmo nas células em situação controle, foram detectadas projeções citoplasmáticas se desprendendo das células submetidas ao estresse térmico. As características de metacromasia exibidas pelas células indicaram que, sob choque de temperatura, passam a existir ao redor do núcleo componentes não reativos ao método de coloração com azul de toluidina a pH 4.0, certamente de caráter protéico. Os valores de Índice mitótico diminuiram quando comparados com seus respectivos controles. Os números de núcleos por célula e de nucléolos por núcleo não apresentaram diferenças relevantes. Os resultados revelaram um aumento na micronucleação indicando ser a hipertermia drástica (4:>, "C ) UIH agente causador de aberrações cromossômicas e/ou incapacidade di sobrevivêncin de algurnas células. As diferenças entre os valores de áreas nucleares não foram significativas, mas pôde-se observar sob ação do choque alguns casos de retração do tamanho nuclear, indicativos possivelmente de decréscimo na síntese de RN A ou perda de porções cromossômicas, e na recuperação um aumento da área nuclear representado por proteínas originadas tardiamente. O aumento da área nucleolar registrado na condição de recuperação do choque à temperatura de 43°C sugere um aumento da atividade transcritiva, possibilitando provavelmente o retorno às atividades celulares normais. A análise de imagens de interferência demonstrou mudanças na distribuição de massa seca nuclear sendo mais imediatas e mais freqüentes as alterações quando o choque se processou a 43°C. Estas alterações refletem aumento de massa provavelmente de agregados protéicos, parte dos quais é sensível à remoção com NaCI 2M mesmo após fixação com formol. Os padrões de massa seca normais foram recuperados quando as células submetidas ao choque a 43°C retomaram às condições controle por 4h. Dada a aparente demora em resposta ao choque em a Igumas das células submetidas ao tratamento a 40 °e , supõe-se que sua recuperação deva ocorrer após as 4 horas de cultivo a 37 °e
ASSUNTO(S)
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