Efeitos farmacolÃgicos da Esculina em modelos animais de lesÃo gÃstrica e possÃveis mecanismos envolvidos. / Pharmacologicals effects of the esculin in animal models of gastric injury and possible machanisms involved.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/11/2009

RESUMO

A Ãlcera pÃptica pode ser definida como sendo uma doenÃa inflamatÃria crÃnica do estÃmago e duodeno, que se apresenta como uma lesÃo na mucosa do trato digestivo, que se estende atravÃs da musculatura da mucosa ou mais profundamente. A Ãlcera pÃptica geralmente ocorre devido a um desequilÃbrio entre os fatores de defesa e agressores da mucosa. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade gastroprotetora da esculina, (6,7-diidroxicumarina-6-o-glicosÃdio), e identificar os mecanismos farmacolÃgicos envolvidos. A esculina foi avaliada em modelos de lesÃes gÃstricas induzidas por etanol absoluto (0,2 mL/animal) em camundongos swiss, nas doses 12,5, 25 e 50 mg/kg, v.o., os resultados mostraram a reduÃÃo das lesÃes gÃstricas induzidas por etanol em 69,96, 72,94 e 79,33 % respectivamente, nÃo mostrando relaÃÃo dose-resposta nas doses estudadas. Esta gastroproteÃÃo tambÃm foi avaliada microscopicamente mostrando que a ESC (25 mg/kg, v.o.) diminuiu a perda celular na mucosa, formaÃÃo de edema na submucosa e hemorragia. A ESC (25 e 50 mg/kg, v.o.), tambÃm, foi avaliada no modelo de lesÃo gÃstrica induzida por indometacina (20 mg/Kg, v.o.), mostrando uma reduÃÃo das lesÃes gÃstricas. O mecanismo gastroprotetor da ESC foi analisado na sua dose de 25 mg/Kg, em modelo de lesÃes gÃstricas induzidas por etanol em camundongos. Em animais prÃ-tratados com L-NAME (10 mg/Kg, s.c.), um inibidor da Ãxido nÃtrico sintase, ou com glibenclamida (5 mg/Kg, i.p.), droga bloqueadora de canais de potÃssio ATP-dependentes, ou indometacina (10 mg/Kg, v.o.), um inibidor nÃo seletivo da ciclooxigenase, o efeito gastroprotetor da ESC foi inibido significativamente, sugerindo o envolvimento, pelo menos em parte, do Ãxido nÃtrico, ativaÃÃo dos canais de potÃssio e prostaglandinas endÃgenas no efeito gastroprotetor da ESC. De outra forma, o efeito gastroprotetor da ESC (25 mg/Kg, v.o.) nÃo foi revertido em camundongos prÃ-tratados com capsazepina (5 mg/Kg, i.p.), um antagonista dos receptores vanilÃides TRPV-1, demonstrando assim que nÃo hà ativaÃÃo destes receptores no mecanismo de aÃÃo da ESC. Neste trabalho tambÃm foi avaliado a aÃÃo antioxidante da ESC como mecanismo gastroprotetor contra as lesÃes induzidas por etanol. Sob nossas condiÃÃes experimentais, o modelo de induÃÃo de lesÃo por etanol provocou alteraÃÃo no sistema antioxidante da mucosa gÃstrica dos camundongos, como a diminuiÃÃo nos nÃveis de grupamentos sulfidrila (GSH) e atividade da superÃxido dismutase (SOD), tambÃm observamos aumento da atividade da catalase (CAT), da atividade da mieloperoxidase (MPO) e da concentraÃÃo de espÃcies que reagem com o Ãcido tiobarbitÃrico (TBARs), como Ãndice de peroxidaÃÃo lipÃdica (LPO). A ESC no modelo de etanol nÃo interferiu com a concentraÃÃo de GSH, mas aumentou a atividade da SOD, permitiu o restabelecimento da atividade normal da CAT e de patamares normais de LPO e de atividade da MPO. Os dados obtidos sugerem que a ESC promove gastroproteÃÃo contra as lesÃes gÃstricas induzidas por etanol ou indometacina em camundongos, por mecanismos que incluem o envolvimento de prostaglandinas endÃgenas, Ãxido nÃtrico, e ou, dos canais de KATP, alÃm de uma aÃÃo antioxidante.

ASSUNTO(S)

fisiologia da digestao esculina etanol indometacina lesÃo gÃstrica esculin ethanol indomethacin gastric lesion

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