Efeitos osteogenicos de um programa sistematico de exercicios contra-resistidos aplicado em jovens universitarios

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

A atividade física sistemática, dosada e freqüente é considerada fator essencial para a saúde dos ossos, influindo positivamente no pico de massa óssea em crianças e adolescentes, auxiliando a manter ou mesmo promover um modesto aumento na densidade óssea em adultos jovens e evitando a diminuição da perda em idosos. No entanto, pouco se sabe ainda a respeito da influência do treinamento contra-resistido na densidade óssea de indivíduos adultos jovens não-atletas. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar alterações no tecido ósseo e na relação entre massa magra e massa gorda dos membros superiores de jovens adultos após a aplicação de um programa de exercícios contra-resistidos de força com duração total de 16 semanas, destinado especificamente para tais segmentos corporais. A casuística foi composta de 16 homens estudantes saudáveis e não-praticantes de exercícios do curso de graduação em Educação Física da UNICASTELO (São Paulo) com idade entre 18 e 25 anos (21,3 + 2 anos). Foram realizadas, antes e após o período de treinamento, mensurações do índice de massa corporal (IMC), circunferência corrigida do braço (CCBr) e a porcentagem de massa magra do braço (% MMBr). Também foram efetuadas medidas quantitativas (AD-SoS, T-score, % T-score) e qualitativas (FWA, SDy e UBPI) de massa óssea nas falanges da mão não-dominante através do equipamento portátil DBM Sonic® BP. Realizou-se análise descritiva dos dados, sendo aplicado o teste de Wilcoxon para amostras pareadas entre os dois momentos do treinamento. O nível de significância adotado para todas as análises foi de 5%. Não foram observadas diferenças significativas em relação ao índice de massa corporal (de 19 para 19 Kg/m2; p = 0,71), porém houve aumento significativo da CCBr (270 para 284 mm; p = 0,0001), do % MMBr (90,3 para 91,4; p = 0,008), da AD-SoS (2146 para 2193 m/s; p <0,0001), do T-Score (0,32 para 1,00; p <0,0001) e do % T-Score (4 para 11,4; p <0,0001) e, diminuição significativa do FWA (3,3 para 2,9 mV; p = 0,0005), sem alteração significativa do SDy (-56,5 para -98,74 mV/?s2; p = 0,051) e do UBPI (0,86 para 0,83; p = 0,06). Para verificar a existência de uma correlação da diferença entre as variáveis ósseas nos dois tempos de treinamento com as medidas antropométricas do início do treinamento, foi ajustado um modelo de regressão linear múltipla e empregado o coeficiente de Pearson. Todavia, nada foi observado entre as diferenças das variáveis ósseas nos dois tempos da análise com as medidas antropométricas iniciais. Portanto, pode-se concluir que o programa sistemático de exercícios contra-resistidos proposto durante dezesseis semanas, para desenvolvimento da força muscular de membros superiores de homens adultos jovens e saudáveis, foi capaz de induzir modificações localizadas significativas nas massas magra e óssea

ASSUNTO(S)

densitometria ultrasom musculação treinamento ossos puberdade

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