Entre convenções e discretas ousadias: Georgina de Albuquerque e a pintura histórica feminina no Brasil
AUTOR(ES)
Simioni, Ana Paula Cavalcanti
FONTE
Revista Brasileira de Ciências Sociais
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002-10
RESUMO
A partir da tela Sessão do Conselho de Estado, de Georgina de Albuquerque, pretendo discutir a relação entre as artistas mulheres e a Academia de Belas Artes no Brasil, recuperando o modo com que foram excluídas, ao longo do século XIX, das possibilidades de acessarem o mais alto grau de consagração dentro do sistema: a realização da pintura histórica. A primeira obra no gênero executada por uma artista nativa data justamente do ano símbolo do declínio da instituição: 1922. Segundo uma perspectiva que leva em consideração as prerrogativas do gênero, a artista realizou uma obra ousada. Porém, se os critérios utilizados são de ordem estilística, sua obra tende a ser vista como conservadora. Por isso pode ser percebida como uma "ousadia discreta", se interpretada à luz de balizas estéticas, institucionais, educacionais e, também, sexuais.
ASSUNTO(S)
pintura histórica mulher academia arte
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