Equine embryo collection 48 h after luteolitic application: reproductive parameters, concentration of serum progesterone and uterine fluid proteins / Colheita de embriões eqüinos 48 h após a aplicação de luteolítico: parâmetros reprodutivos, concentração sérica de progesterona e de proteínas do fluido uterino

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O objetivo deste estudo foi determinar a concentração de proteínas do fluido uterino de éguas prenhas e não prenhas, bem como registrar as características da palpação retal e ultra-sonografia do útero, cérvix e corpo lúteo (Capítulo I). Também se objetivou verificar a viabilidade embrionária e o período interovulatório de éguas doadoras de embriões eqüinos, 48 h após a aplicação de luteolítico (Lutalyse Upjohn, Capítulo II)). Doze éguas doadoras de embriões, totalizando 24 ciclos estrais, tiveram amostragem de fluido uterino no dia da colheita do embrião (dia 8 e 9 do ciclo estral) e, posteriormente, estas foram submetidas ao teste do Ácido Bicinconínico para determinação da concentração de proteínas solúveis. A presença de embrião no lavado uterino diferenciou éguas prenhas de não prenhas. Características ultra-sonográficas e da palpação do útero, da cérvix e do corpo lúteo foram registradas no dia da colheita do embrião para determinar suas correlações com a presença ou ausência do embrião. A taxa de recuperação embrionária foi de 58,3 %. A concentração de proteínas do fluido uterino de éguas prenhas foi de 36,022,04 mg/mL e de éguas não prenhas de 42,2719,71 mg/mL, não sendo observada diferença entre os animais dos grupos experimentais (P>0,05). Não houve diferença (P>0,05) entre éguas prenhas e não prenhas quanto a ecogenicidade uterina e do corpo lúteo, o diâmetro do corpo lúteo, o tônus uterino e o tônus cervical no dia da colheita do embrião. No Capítulo II, vinte ciclos estrais de dez éguas diferentes foram utilizados. No primeiro ciclo as éguas foram submetidas ao protocolo normal de transferência de embriões (grupo controle), com aplicação de luteolítico no dia da colheita do embrião. No segundo ciclo estral, o luteolítico foi aplicado 48 h antes da colheita do embrião (grupo tratado). Quando comparadas éguas tratadas com luteolítico 48 h antes da colheita do embrião com as éguas do grupo controle, não foi registrada diferença (P>0,05) na taxa de recuperação embrionária, prenhez das éguas receptoras, qualidade embrionária, concentração de proteínas no fluido uterino e intervalo luteolítico-ovulação. No grupo controle observou-se 80% de lavados positivos, sendo obtidas sete prenhezes nas éguas receptoras (87,5%). No grupo tratado com luteolítico 48 h antes da colheita do embrião foram colheitados sete embriões (70% de recuperação), com seis prenhezes nas éguas receptoras (85,7%). A concentração média de progesterona sérica só foi determinada para o grupo tratado com luteolítico 48 h antes da colheita do embrião, sendo de 13,865,42 ng/mL no dia da aplicação do luteolítico, decrescendo para 0,460,25 ng/mL no dia da colheita do embrião, existindo diferenças entre os animais dos grupos experimentais (P<0,05). A concentração de proteínas solúveis do fluido uterino dos animais do grupo tratado foi de 37,779,87 mg/mL e nos do grupo controle 33,515,48 mg/mL. O período interovulatório diferiu entre os grupos experimentais (P<0,05), com a ovulação no grupo controle ocorrendo, em média, 18,5 dias e, no grupo tratado, 15,9 dias após a aplicação do luteolítico. A interação materno-fetal nos dias 8 e 9 pósovulação não foi suficientemente forte para gerar modificações significativas entre as características de palpação retal e ultra-sonográficas estudas de éguas prenhas e não prenhas. A análise da concentração de proteínas solúveis do fluido uterino é influenciada por diversos fatores que não somente a presença do embrião, sendo esta bastante variável e não eficaz para determinação indireta de condições viáveis para a manutenção da gestação. A aplicação de luteolítico 48 h antes da colheita e transferência de embriões mostrou-se uma técnica viável, propiciando período interovulatório menor e, conseqüentemente, maior número de estros da égua doadora por estação reprodutiva. Os embriões eqüinos mantêm sua viabilidade 48 h após a aplicação de luteolítico, sendo resistentes à queda na concentração de progesterona por este período.

ASSUNTO(S)

reproducao animal transferência de embriões animal reproduction Útero reprodução animal equine uterus embryo transfer equino

Documentos Relacionados