Escala de Coma de Glasgow: subestimação em pacientes com respostas verbais impedidas

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Paulista de Enfermagem

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-06

RESUMO

Questão freqüente no uso da Escala de Coma de Glasgow (ECGl), na fase aguda, em pacientes internados devido ao trauma crânio-encefálico (TCE) é a subestimação decorrente de situações impeditivas como intubação endotraqueal/traqueostomia, sedação e edema palpebral. O objetivo deste estudo foi identificar e determinar a subestimação na pontuação total da ECGl quando se utiliza a pontuação 1 nas situações de impedimento para a sua avaliação. A amostra estudada foi de 76 pacientes internados com TCE no Hospital das Clínicas da FMUSP. Em 42 (55,3%) pacientes, não havia impedimentos e foram realizadas 136 avaliações. Em 34 (44,7%), havia impedimentos caracterizados por intubação ou traqueostomia, podendo estar ou não associados com edema palpebral e sedação, e o total de avaliações foi de 310. A pontuação nesses pacientes total variou de 3 a 11, com os escores mais freqüentes de 3 e 6. Pelos valores estimados pela regressão linear, a partir das pontuações obtidas em AO e MRM foram obtidas as seguintes subestimações: média=1,03 ±1,36, mediana=0,54 (intubação ou traqueostomia); média=0,40 ±0,79, mediana=0,00 (intubação ou traqueostomia + sedação); média=0,57 ±0,96, mediana=0,27 (intubação ou traqueostomia + sedação + edema palpebral). Conclui-se que, no TCE grave, a pontuação total da ECGl fixando a MRV em 1, embora subestimada, encontra-se próxima da real.

ASSUNTO(S)

escala de coma de glasgow trauma craniocerebral intubação anestesia

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