Escores de risco de tromboembolismo e de sangramento e preditores de morte cardíaca em uma população com fibrilação atrial

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Cardiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/05/2017

RESUMO

Resumo Fundamento: A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia comum, com risco de embolia sistêmica e morte. Apresenta etiologia reumática em até 32% dos países em desenvolvimento, cujos dados de anticoagulação e evolução são escassos. Objetivos: Verificar as variáveis preditoras de morte cardíaca (MC) conforme o perfil clínico, os escores de tromboembolismo e de sangramento dos pacientes com FA de uma única instituição universitária, com alta prevalência de cardiopatia reumática. Métodos: Foram estudados 302 pts com FA, média de idade 58,1 anos; 161 mulheres; 96 pts com etiologia reumática. Os pts foram submetidos à avaliação clínica e laboratorial, ao cálculo dos escores de risco e ao seguimento clínico médio de 12,8 meses. Resultados: 174 pts estavam em uso de varfarina. As médias dos escores HAS-BLED e ATRIA foram de 1,4 e de 1,2, respectivamente. O cálculo da fração dos valores da razão normalizada internacional dentro do intervalo terapêutico foi de 45,8%. Houve MC em 30 pts (9,9%) e 41 apresentaram algum tipo de hemorragia em decorrência do uso de varfarina. Pela análise univariada, houve significância estatística entre MC e FA permanente, pressões arteriais, disfunção sistólica, R2CHADS2, CCS, EHRA e HAS-BLED. Não houve associação com FA valvar. Por meio da análise multivariada, a pressão arterial sistêmica e da artéria pulmonar, a classificação CCS e a disfunção sistólica apresentavam significância estatística. Conclusões: Não houve associação entre MC e FA valvar. Os preditores independentes de MC foram medidas baixas de pressão arterial, escores mais elevados da classificação CCS e a presença de disfunção ventricular sistólica.

ASSUNTO(S)

tromboembolismo/complicações hemorragia doenças cardiovasculares/mortalidade fibrilação atrial/complicações

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