Esophageal Speech: case study base don anatomo-physiological findings and duration measurements / Fala esofágica: um estudo de caso embasado nos achados anátomo-fisiológicos e na investigação acústica das medidas de duracao

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Este trabalho investiga, por meio de medidas da duração acústica e de técnicas endoscópica e radiológica, as características fonatórias e articulatórias da produção da fala esofágica (FE) de um sujeito laringectomizado total. Como referência para a inspeção acústica, investiga-se, também, um sujeito de fala laríngea (FL). A reabilitação do paciente laringectomizado ocorre pela aquisição de uma nova voz, por meio da voz esofágica (VE), voz tráqueo-esofágica (VTE) ou pelo uso do vibrador laríngeo. Falar em VE ou VTE traz a noção de que as alterações decorrentes da laringectomia incidem apenas nos aspectos fonatórios, estando os aspectos articulatórios preservados. No capítulo referente aos estudos fonético-acústicos apresentou-se um panorama das discussões em torno dessa dicotomia. Optou-se, neste estudo, pela utilização da expressão Fala Esofágica (FE) em substituição à Voz Esofágica (VE), assumindo-se a posição de que se deve romper com tal dicotomia. Na coleta de dados foram incluídos exames clínicos para avaliação das condições anátomo-fisiológicas e gravações de corpora (leitura de frases veículo, de sentenças e fala espontânea) para a análise acústica. O foco da análise incidiu sobre as medidas de duração dos sons obstruintes do português brasileiro. Teve-se como objetivo a articulação dos achados dos universos fisiológico, acústico e lingüístico. Verificou-se, com sistematicidade, que a grande diferença nos aspectos articulatórios entre um bom falante de FE e um falante de FL está nas medidas de duração dos segmentos lingüísticos. Os valores de duração da FE são sempre maiores. Este fato pode ser atribuído às manobras realizadas na (IA) durante a fala, todo um movimento de deglutição ou de deglutição está embutido nos movimentos articulatórios e fonatórios, desse modo, movimentos complexos são efetuados simultaneamente ao longo do eixo temporal na FE. No entanto, essa diferença de duração dos segmentos lingüísticos não descaracteriza a produção dos fonemas obstruintes do português brasileiro e não alteram a prosódia. No último capítulo, tecem-se algumas reflexões sobre o trabalho desenvolvido na reabilitação do paciente laringectomizado na clínica fonoaudiológica

ASSUNTO(S)

voz esofagica linguistica aplicada neoglote neoglottis adaptation of esophageal voice fonoaudiologia esophageal speech voz esofágica fonética clínica medidas acústicas de duração acoustic phonetics

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