ESTABELECIMENTO, MULTIPLICAÇÃO, CALOGÊNESE, ORGANOGÊNESE IN VITRO E ANÁLISE DA DIVERSIDADE GENÉTICA EM ACESSOS DE Eugenia involucrata DC. / IN VITRO ESTABLISHMENT, MULTIPLICATION, CALLUS INDUCTION, ORGANOGENESIS, AND ANALYSIS OF THE GENETIC DIVERSITY IN Eugenia involucrata DC. ACCESSIONS

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A cerejeira (Eugenia involucrata DC.) é uma espécie florestal brasileira com diversas características de interesse econômico, especialmente nos setores de silvicultura, fruticultura, paisagístico, ambiental e medicinal. No entanto, possui sementes recalcitrantes, as quais começam a perder sua viabilidade após duas semanas de coleta. Além disso, não existem informações sobre a variabilidade genética desta espécie. Este trabalho objetivou desenvolver metodologias para o cultivo in vitro de E. involucrata e avaliar a variabilidade genética existente em acessos desta espécie mantidos in situ e ex situ. Na propagação por técnicas de cultura de tecidos, avaliou-se a desinfestação de explantes, bem como foram estudados aspectos de crescimento e desenvolvimento in vitro após a inoculação de segmentos apicais e nodais em diferentes meios nutritivos. Também foi avaliado o efeito de diferentes fitorreguladores na otimização da multiplicação in vitro. Para a calogênese in vitro, foram avaliados métodos de desinfestação superficial, formas de inoculação dos explantes, introdução de reguladores de crescimento, os efeitos de diferentes regimes luminosos, do uso de antioxidantes e de citocininas. Foi analisada a formação de calos sobre diversos aspectos de desenvolvimento. Testaram-se diferentes métodos para a extração de DNA genômico da espécie, utilizando-se diferentes tecidos vegetais. Realizou-se a análise de acessos oriundos de populações mantidas in situ e ex situ por meio do uso de marcadores RAPD. Como resultados, foi possível estabelecer cultivos assépticos da espécie, além disso, o estabelecimento in vitro pode ser realizado com segmentos apicais e nodais, no entanto, segmentos nodais oferecem os melhores resultados. O meio MS é o mais adequado e auxilia na rizogênese, além de outros aspectos de desenvolvimento das plantas. A utilização de concentrações elevadas de TDZ associadas à ANA permite a multiplicação de brotos e o surgimento de gemas adventícias em segmentos nodais. GA3 não promove o alongamento dos brotos e, em concentrações elevadas, apresenta-se tóxico. Para a calogênese in vitro, a melhor forma de cultivo é mantendo-se o explante em posição abaxial e na ausência de luz. Combinações entre auxinas e citocininas produzem os melhores índices de calogênese. O emprego da associação 2,4-D e TDZ promove a melhor formação de calos e de calos candidatos à embriogênese. É possível extrair DNA de boa qualidade a partir de folhas e câmbios de cerejeira, utilizando-se a maceração com o tampão de extração concentrado a 10%. A análise com marcadores moleculares RAPD mostrou-se eficiente na estratificação da variabilidade genética de acessos de cerejeira. Observou-se que a variabilidade está bem distribuída entre os acessos nas diferentes populações in situ e que, a população ex situ avaliada, não possui variabilidade satisfatória. Foi possível gerar informações consistentes que poderão auxiliar o cultivo e o planejamento de programas de melhoramento da espécie.

ASSUNTO(S)

biotecnologia florestal recursos florestais e engenharia florestal forestry biotechnology marcadores moleculares cultura de tecidos molecular markers tissue culture

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