Stability and quality of rice bran under different treatments and aplication of the extruded product in biscuit / Estabilidade e qualidade do farelo de arroz sob diferentes tratamentos e aplicação do produto extrusado em biscoito
AUTOR(ES)
Diracy Betânia Cavalcante Lemos Lacerda
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
O farelo de arroz, subproduto resultante do beneficiamento para obtenção do arroz polido, corresponde a 8% do arroz em casca, sendo utilizado principalmente na ração animal e como fertilizante. O maior problema relacionado à utilização do farelo é a rancificação iniciada logo após sua obtenção. Este trabalho objetivou avaliar a estabilidade à rancidez dos farelos de arroz cru (FAC), extrusado (FAE) e obtido após parboilização do arroz (FAP) quando armazenados em sacos de polietileno à temperatura ambiente por 180 dias, bem como caracterizar estes farelos e cookies formulados com FAE. As análises físico-químicas, microbiológicas e de estabilidade (atividade de lipase, rancidez hidrolítica e índice de peróxidos) foram realizadas nos farelos de arroz da cultivar Primavera (doados pela indústria beneficiadora) e nos biscoitos elaborados por delineamento inteiramente casualizado, com um controle e quatro tratamentos (12,5%, 25%, 37,5% e 50% de FAE). As análises foram realizadas conforme métodos validados. O FAP apresentou maior teor de proteínas (17,17 g 100 g-1), lipídios (36,03 g 100 g-1), fibra alimentar (34,06 g 100 g-1), cálcio (99,45 mg 100 g- 1), zinco (15,58 mg 100 g-1), cobre (1,45 g 100 g-1) e manganês (17,81 g 100 g-1) e menor teor de carboidratos (5,73 g 100 g-1), cinzas (7,01 g 100 g-1) e ferro (6,83 mg 100 g-1). A atividade de lipase e a rancidez hidrolítica durante o armazenamento foram maiores no FAC, enquanto que o índice de peróxidos foi menor. Os biscoitos elaborados foram bem aceitos, não apresentando diferenças significativas quanto a aparência, textura e sabor. O biscoito elaborado com 50% de FAE apresentou conteúdo maior de proteínas (18,9%), fibra alimentar (213,3%) e cinzas (59,1%) que o controle, sendo que uma porção de 40 g fornece mais que 10% da recomendação diária de magnésio, fósforo e cobre. Os biscoitos apresentaram padrões microbiológicos aceitáveis conforme legislação brasileira. A extrusão e a parboilização são eficientes para prevenir a formação de ácidos graxos livres nos FAE e FAP embalados em filme plástico permeável ao oxigênio e armazenados à temperatura ambiente, entretanto, promovem maior formação de peróxidos nestes farelos. Biscoitos com 50% de FAE possuem melhor qualidade nutricional que os biscoitos sem farelo
ASSUNTO(S)
oryza sativa l., subproduto, extrusão, parboilização, rancidez, desenvolvimento de produto oryza sativa l., by product, extrusion, parboilization, rancidity, product development ciencia de alimentos
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