Estresse, coping e aderência a medicamentos imunossupressores em transplante renal: um estudo comparativo

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Med. J.

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/12/2015

RESUMO

RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO :Aderência à medicação é uma questão chave para o resultado do transplante e é influenciada por diversos fatores, tais como o estresse e estratégias de enfrentamento ou coping . Entretanto, esses aspectos têm sido pouco explorados. Compararmos o estresse e as estratégias de coping em paciente transplantados renais, aderentes e não aderentes, em uso de imunossupressores. TIPO DE ESTUDOE LOCAL : Realizamos estudo comparativo, transversal e observacional em uma clínica universitária de transplantes em Juiz de Fora, Brasil. MÉTODO :Cinquenta pacientes foram selecionados e classificados como aderentes e não aderentes a partir da escala Basel Assessment of Adherence to Immunosuppressive Medications Scale. O estresse foi avaliado pelo Inventário de Sintomas de Estresse para Adulto de Lipp e as estratégias de coping foram avaliadas pela escala Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas. RESULTADOS : O estudo inclui 25 pacientes não aderentes e 25 controles com idade média de 44,1 ± 12,8 anos e mediana de tempo de transplante de 71,8 meses. Estresse esteve presente em 50% dos pacientes. Por regressão linear simples, a não aderência foi associada com o coping paliativo (OR 3,4, CI: 1,02-11,47; P < 0,05) e teve uma tendência marginal a significância com as fases mais avançadas do estresse (OR 4,7, CI: 0,99-22,51; P = 0,053). CONCLUSÃO : Estresse e estratégias de coping podem trazer implicações na compreensão e manejo do comportamento de não aderência dos pacientes transplantados e deveriam ser considerados nas estratégias na redução da não aderência.

ASSUNTO(S)

estresse psicológico adaptação psicológica adesão à medicação cooperação do paciente transplante de rim

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