Estrutura de comunidades de pequenos mamíferos em áreas de campo rupestre no Distrito Federal

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Estrutura das comunidades de pequenos mamíferos em áreas de campo rupestre no Distrito Federal. No presente estudo foram investigadas as comunidades de pequenos mamíferos em campos rupestres do Distrito Federal (DF). Foram analisadas a composição, abundância, riqueza, equibilidade e diversidade de espécies, e suas relações com a estrutura do habitat. Os pequenos mamíferos foram estudos com o método de marcação e recaptura em sete sítios. O esforço total para os sete sítios foi de 5.680 armadilhas-noite, sendo capturados 157 indivíduos e oito espécies de roedores. Calomys tener e Cerradomys scotti foram as espécies mais abundantes do estudo, com 47.1% e 18.0% do total de indivíduos, respectivamente. Ambas estavam presentes em todos os sítios amostrados. Os resultados mostraram que as áreas de campo rupestre do DF apresentam uma fauna de pequenos mamíferos (média de quatro com amplitude de variação de três a cinco espécies), comparáveis a de outras fisionomias de Cerrado. Os resultados da analise de correspondência canônica (ACC) para relação espécie-habitat mostraram que as espécies analisadas (Calomys tener, Cerradomys scotti, Necromys lasiurus, Oligoryzomys fornesi e Calomys tocantinsi) parecem selecionar variáveis ambientais distintas, evidenciando uma segregação de habitat entre elas nas áreas de campo rupestre. O primeiro eixo da ACC explicou 60% da variação na abundância das espécies, representando um gradiente ambiental de maior cobertura de rocha e menor altura da vegetação. Houve distinção entre as comunidades de pequenos mamíferos dos sítios da APA Gama Cabeça de Veado e dos sítios da APA de Cafuringa. As diferenças nas condições ambientais e o fato de tratar-se de duas possíveis regiões biogeográficas podem explicar as diferenças faunísticas entre as duas regiões.

ASSUNTO(S)

ecologia pequenos mamíferos comunidades campos rupestres

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