Estudo anatômico das artérias coronárias em caprinos
AUTOR(ES)
Moura Junior, Paulo César, Vieira, Tiago Henrique Marçal, Vieira, Saulo Rodrigues Coceira, Pinto Neto, João Leão, Leão, Carlos Eduardo Silva, Lopes, Adalgizzia Kelly Mello e Silva, Ruiz, Cristiane Regina, Wafae, Gabriela Cavallini, Silva, Nailton Cavalcante da, Wafae, Nader
FONTE
Pesquisa Veterinária Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-04
RESUMO
A utilização de artérias coronárias de caprinos em pesquisas experimentais com objetivos de futuras aplicações em coronárias humanas motivou o interesse em verificar semelhanças ou diferenças morfológicas das artérias coronárias de caprinos com os citados na literatura para humanos. Foram utilizados 31 corações de caprinos SRD pesando de 76,5-107,7g fixados em formalina a 10%. As artérias coronárias e seus ramos eram dissecados até as ramificações visíveis sob o pericárdio. A artéria coronária esquerda presente em todos os corações era única. Seu comprimento situou-se entre 8 mm e 17mm, terminava formando os ramos: interventricular paraconal e circunflexo (90,3%) ou interventricular paraconal, circunflexo e angular (9,7%). O ramo interventricular paraconal, presente em todos os corações era único. Seu comprimento variou de 80 a 140mm, emitia média de 12 ramos. O ventrículo direito recebia 49,5% dos ramos e o ventrículo esquerdo, 50,5%, dos ramos. Essa artéria podia terminar antes de atingir o ápice do coração (22,5%), no próprio ápice (22,5%) ou então passava pelo ápice e terminava no sulco interventricular subsinuoso (55%). O ramo circunflexo era único, comprimento variou de 61 a 106mm, emitia média de 8,2 ramos. O ventrículo esquerdo recebia 53,4% dos ramos e o átrio esquerdo, 46,6%. Em todos os casos essa artéria chegava e ultrapassava a Crux cordis. A artéria coronária direita, presente em todos os corações, era única. Seu comprimento variou de 35 a 86mm, emitia a média de 8,6 ramos. O ventrículo direito recebia 56,1%, dos ramos e o átrio direito 43,9%. Em geral era a própria artéria que se comportava como ramo marginal direito. A artéria coronária direita não atingia a Crux cordis em 93,5%. O ramo interventricular subsinuoso da artéria circunflexa podia ser: a) ramo longo ocupando a maior parte do sulco; b) ramo curto ocupando apenas a parte superior do sulco; c) dois ramos ocupando o sulco. O comprimento variou de 5 a 51mm, emitia a média de 4,5 ramos sendo 63,2% para o ventrículo direito e 36,8% para o ventrículo esquerdo. Essa artéria podia terminar antes de atingir o ápice (67,7%) ou no próprio ápice (32,3%). Um de seus ramos ultrapassava a Crux cordis em 72% das peças.
ASSUNTO(S)
dominância coronária ramo interventricular paraconal ramo interventricular subsinuoso
Documentos Relacionados
- Estudo anatômico das artérias coronárias de suínos Landrace
- Origem anômala das artérias coronárias
- Estudo anatômico das artérias perfurantes do músculo gastrocnêmio medial
- Dilatações gigantes das artérias coronárias em paciente assintomático
- Retalho cutâneo das artérias perfurantes do músculo gastrocnêmio medial: estudo anatômico