Estudo da ação do pisoteio na degradação de fezes bovinas em pastagens de capins braquiarão e Tanzânia.

AUTOR(ES)
FONTE

CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

o acúmulo de fezes nas pastagens traz prejuízos para o crescimento das forragens, rejeição da planta contaminada e, também, propícia meio para a proliferacao de insetos indesejáveis. Com a intensificação da produção, e conseqüente concentração de animais em pequenas áreas, esse problema se toma ainda mais sério O objetivo desse trabalho é avaliar efeito do pisoteio na degradação de placas de fezes, em duas pastagens distintas. O estudo foi realizado na Fazenda Canchim, do Centro de Pesquisa de Pecuária do Sudeste / EMBRAPA, em São Carlos, em sistema rotacionado de Brachiaria brizantha cv. Marandu e Panicum maximum cv. tanzânia, com vacas Nelore, na lotação de 5 UNha. Até o momento, 400 placas de fezes foram marcadas, 80 a cada mês, durante 5 meses, 20 delas em cada piquete, 2 de capim-tanzânia e 2 de capim-Braquiarão. Foram registrados os tempos de degradação e os fatores envolvidos, com ênfase no pisoteio. A freqüência (0, 1, 2, 3 00 4 pisoteios) e o nível de pisoteio (0%, 25%,50%,75% ou 100%), foram as variáveis consideradas. A freqüência de pisoteio nas placas de fezes não variou com o tipo de capim (Anova, F=O,92; p=O,338) mas foi significativamente afetada pelo nível de pisoteio e mês de marcação (Anova, F=36,05; p=O,OOO e F=8,85; p=O,000 respectivamente), sendo maior nas fezes marcadas em meses mais secos. O tipo de capin1 influenciou nos níveis de pisoteio de 25% (51,5% :I:50,2 para Braquiarao e 36,0% :I:48,2 para Tanzânia) (t=2,72; p=O,007)e de 50% (42,3% :I:49,6 para Braquiarao e 22,1% :I:41,6 para Tanzânia)(t=3,85; p=0,000), não sendo significativo os níveis de 75% e 100% (t=0,67; p=O,506 e 1=-0,42; p=O,674 respectivamente). A proporção depisoteio em placas degradadas foi maior em pastagem de braquiarao que em tanzânia (81,5% e 55,8%, respectivamente). Com relação ao tempo que os animais permaneceram no piquete, houve maior freqüência de pisoteio no quarto dia, provavelmente, porque, nos tres primeiros dias, os animais caminhariam apenas onde teria alimento a ser consumido, portanto, onde ainda não existiriam placas de fezes. Os resultados observados sugerem que outras formas de degradação devem atuar com maior intensidade no tanzânia, e que a probabilidade de uma placa ser pisoteada não depende somente do tempo de permanecia dos animais no piquete, mas, também, da disponibilidade da forragem.

ASSUNTO(S)

degradação fezes pastagens braquiarão tanzânia

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